Calçados; Arezzo; Loja ; Consumidor; Mascara Loja da Arezzo na Oscar Freire Foto: Germano Lüders 04/12/2020 (Germano Lüders/Exame)
Rodrigo Caetano
Publicado em 23 de junho de 2022 às 20h40.
Apenas 2% das roupas e calçados com as marcas da Arezzo&Co, que incluem a Reserva, não são fabricados no Brasil. “Importamos somente o que realmente não dá para fazer aqui”, afirma Suelen Joner, líder de sustentabilidade da empresa. No setor de calçados, toda a produção está concentrada em um raio de 30 quilômetros, e alguns dos parceiros estão juntos da empresa há mais de 30 anos.
As vantagens de produzir localmente e de ter parceiros de longa data ficaram evidentes durante a pandemia. O fechamento das fábricas na China provocou escassez de produtos. Marcas que dependiam de importação tiveram dificuldade para repor produtos e perderam vendas. Na Arezzo, a preocupação era outra. “Nossos fornecedores sofreram muito assédio de concorrentes brasileiros e estrangeiros”, diz Joner.
Os relacionamentos de longo prazo, no entanto, garantiram a fidelidade, e a empresa registrou seu melhor resultado na história em 2021. Isso prova que gerar valor para toda a cadeia é uma vantagem competitiva. “Pensar ESG dá resultado”, diz a executiva.
Essa forma de atuar também vai ajudar a Arezzo a superar alguns desafios que tem pela frente. O maior deles é a neutralidade em carbono — a empresa vai apresentar suas metas à Science Based Targets initiative (SBTi) neste ano. Praticamente todas as suas emissões estão no escopo 3, que compreende o carbono emitido fora da companhia, por clientes, fornecedores e parceiros. “Vamos precisar trabalhar com a cadeia”, diz Joner. As ações já começaram. Neste ano, a Arezzo passou a usar caminhões elétricos na logística.