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A mudança no ecossistema pode influenciar a vida de espécies que dependem dessas condições para sua sobrevivência (Daniel Viñé Garcia/Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 6 de agosto de 2025 às 18h39.
Última atualização em 6 de agosto de 2025 às 19h39.
Uma pesquisa publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences aponta que as águas do oceano antártico estão ficando mais salgadas, o que pode causar um efeito no clima do sul global. Os principais impactos poderão ser vistos na vida selvagem, pesca e turismo.
Ao passo que as águas superficiais se tornam mais salgadas, ficam mais densas. Elas afundam e se misturam com águas profundas, o que gera uma troca de calor. Os pesquisadores explicam que isso gera um ciclo que traz ainda mais calor para a superfície marítima, ajudando a derreter as calotas de gelo marinho por baixo.
Entre os efeitos visíveis está a maior formação de icebergs: segundo a pesquisa, o dobro foi formado durante os verões.
A mudança no ecossistema pode influenciar a vida de espécies que dependem dessas condições para sua sobrevivência. Segundo o estudo, animais como a foca-caranguejeira precisam de plataformas de gelo onde possam cuidar dos filhotes.
Como a Mercur gera renda para comunidades tradicionais e protege a AmazôniaAlém deles, pinguins e outras aves marinhas usam essas bases de gelo para a troca das penas. Com o aquecimento global, as plataformas ficam menos seguras para segurar as famílias.
Um desses exemplos é o pinguim-imperador, espécie que viu queda na sua população após o gelo mais fino levar os filhotes à água antes que soubessem nadar. Nos últimos anos, cerca de 10 mil pinguins da espécie morreram após a queda na água.
Diversos animais com potencial de impacto têm uma relação com a costa brasileira, seja pela migração, seja pelo impacto das correntes oceânicas. Entre eles, as baleias, que migram para se reproduzir na costa, e lulas e peixes que são usados como alimento.
COP30 define calendário temático oficial; veja o que será discutidoO impacto pode ocorrer na cadeia alimentar brasileira, gerando uma redução na biodiversidade marinha. Na economia, a redução de espécies pode trazer prejuízos à pesca.