ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd
Afya Cinza
Copasa Cinza
Danone Cinza
Ypê cinza

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Animais selvagens começam a ser sacrificados para alimentar população e reduzir pressão hídrica

Namíbia sofre com a pior seca em décadas e viu no sacrifício de espécies como elefantes, hipopótamos e zebras uma forma de garantir proteína animal; quase metade da população sofre de insegurança alimentar

Sacrifício: elefantes estão entre os animais sacrificados para alimentar a população da Namíbia (AFP Photo)

Sacrifício: elefantes estão entre os animais sacrificados para alimentar a população da Namíbia (AFP Photo)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 15h26.

A Namíbia começou a sacrificar mais de 700 animais selvagens - hipopótamos, elefantes, búfalos, zebras - para alimentar as pessoas que passam fome em consequência da pior seca em décadas no país, anunciou o Ministério do Meio Ambiente nesta terça-feira, 3.

Até agora foram sacrificados mais de 150 animais no âmbito desta medida, anunciada na semana passada. O objetivo não só é proporcionar carne a milhares de pessoas, mas aliviar a pressão sobre os recursos hídricos afetados pela seca.

O programa prevê o sacrifício de 30 hipopótamos, 83 elefantes, 60 búfalos, 100 gnus-azuis, 300 zebras, 100 antílopes-africanos e 50 impalas.

Ao menos 157 destes 723 animais já foram sacrificados, disse à AFP o porta-voz do ministério, Romeo Muyunda. Segundo ele, o tempo que demorará para concluir todo o processo depende de vários fatores.

"Nosso objetivo é realizar a operação de forma sustentável, minimizando ao máximo os traumatismos. Temos que separar os animais que devemos caçar dos que não", explicou.

56.875 quilos de carne

O sacrifício dos primeiros 157 animais resultou em "56.875 kg de carne", assinalou o ministério em nota à imprensa.

A Namíbia declarou em maio estado de emergência devido à seca que afeta vários países do sul da África.

O Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU informou em agosto que cerca de 1,4 milhão de namíbios, quase metade da população, sofriam de uma grave insegurança alimentar.

Devido à seca, a produção de cereais despencou 53% e os níveis de água nas represas caiu 70% em comparação com o ano anterior.

Acompanhe tudo sobre:SecasMudanças climáticasAnimaisAlimentaçãoÁfricaÁguaExame na Assembleia GeralONUFomeCereais

Mais de ESG

Ambipar testa biocombustível marítimo que pode reduzir em até 99% as emissões de carbono

Brasil desperdiça liderança em energia limpa por falta de integração no ecossistema, diz MIT

Ministra Marina Silva será atração da Flip 2025

Nespresso quer mais café de qualidade e menos emissões de CO2 — e investe R$ 8,4 bilhões para isso