Carro elétrico da Americanas S.A: frota será composta por até 500 veículos até o final do ano (Vinicius Consoline/Divulgação)
A última milha da logística é um desafio e tanto para as empresas de e-commerce que desejam mitigar os impactos de suas entregas. Pensando nisso, a Americanas S.A, empresa criada a partir da fusão entre a Lojas Americanas e a B2W, decidiu apostar nos famigerados veículos elétricos.
A partir deste mês, a empresa irá operar 80 novos carros elétricos em uma frota limpa que já conta bicicletas e também tuc-tucs — que já circulam em capitais do Sul, Sudeste e Nordeste do país. Em comum, todos os automóveis atuam na chamada “last mile”, trajeto entre o centro logístico e o destino final dos produtos. A proposta, segundo a empresa, é ter 500 veículos elétricos até o final do ano.
“A Americanas S.A. quer ser um player que ajuda a construir a logística do futuro. Os veículos elétricos são mais um importante passo na estratégia de sustentabilidade da companhia e uma alternativa logística para a redução das emissões de carbono, contribuindo para o movimento de transição para uma economia de baixo carbono”, explica Welington Souza, diretor da LET'S, plataforma de gestão compartilhada dos ativos de logística e distribuição da Americanas S.A.
Em um primeiro momento, os utilitários elétricos vão circular apenas na região metropolitana de São Paulo, além das cidades paulistas de Campinas e Ribeirão Preto e a cidade do Rio de Janeiro. Até dezembro deste ano, a empresa pretende expandir a frota elétrica para outras capitais como Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Porto Alegre, e isso será possível com a inclusão de outros 100 automóveis.
A empresa testou os novos veículos nos últimos meses, e afirmou que a autonomia dos utilitários é de 200 km a 250 km com uma carga completa de bateria, o suficiente para um dia e meio de operação.
Além da compra dos veículos, os investimentos da empresa na nova frente de mobilidade incluem toda uma infraestrutura para sustentar a operação dos carros elétricos, como a locação de carregadores, novos softwares de gestão, equipes de motoristas e gestão da frota, e a adaptação em 21 hubs “last mile” nas cidades onde irão circular os carros.
A conta final, porém, fecha. Segundo a Americanas, os ganhos sobressaem os custos, já que os veículos elétricos pesam menos na conta da logística da empresa, com os gastos reduzidos em combustíveis e manutenções.
Em adição ao custo-benefício e à eficiência logística, a iniciativa também é um esforço da companhia em estar cada vez mais alinhada ao ESG. Em linhas gerais, a meta da empresa é ter ao menos 10% das entregas sendo ‘ecoeficientes’ ainda em 2021, além de neutralizar as emissões de carbono de toda a companhia até 2025. Segundo Souza, as entregas limpas vão evitar a emissão de mais de 350 toneladas de carbono equivalente entre junho e dezembro.
A chegada da nova frota de automóveis elétricos também vai ajudar a empresa em suas metas sociais. A estimativa é que a nova frota seja capaz de gerar cerca de 200 oportunidades diretas e indiretas de emprego, incluindo uma equipe dedicada a gerir toda a frota.
Assim como aconteceu durante o lançamento dos tuc-tucs, os motoristas dos veículos também receberão treinamentos para guiar os carros.
Os carros elétricos vêm para complementar a estratégia da Americanas em prol da mobilidade limpa. A empresa já concluiu mais de 1,8 milhão de entregas com bicicletas elétricas nas principais capitais do país e , em março deste ano, também passou a operar com 90 tuc-tucs elétricos nas capitais das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país capazes de transportar de 240 a 600 quilos de mercadoria por vez.
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