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Ambipar recebe prêmio internacional por biocápsulas aliadas no reflorestamento

A tecnologia é produzida a partir de sobras de colágeno da indústria farmacêutica e se destacou por ser uma solução promissora na restauração florestal

 (Ambipar/Divulgação)

(Ambipar/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 10 de abril de 2025 às 08h00.

Última atualização em 10 de abril de 2025 às 13h35.

As biocápsulas sustentáveis da Ambipar, produzidas a partir de sobras de colágeno da indústria farmacêutica e utilizadas na restauração florestal, foram destaque entre 50 projetos mundiais no “Innovation Awards”, premiação promovida pela International Corporate Citizenship Conference do Boston College (EUA).

A empresa de soluções ambientais foi a única brasileira a conquistar a honraria, na categoria “Eco-Inovador”, pela solução que enfrenta dois desafios ambientais: a redução do descarte de resíduos em aterros sanitários e a recuperação de áreas degradadas por incêndios, erosão ou desmatamento.

Esta inovação, que transforma "resíduos em árvores", já foi reconhecida mais de 20 vezes no Brasil e no exterior. As cápsulas utilizam uma tecnologia batizada de "Ecosolo", um condicionador de solo feito de resíduos orgânicos de papel e celulose, capazes de atuar no reflorestamento. 

Gabriel Estevam, diretor corporativo de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Ambipar, destacou à EXAME o pioneirismo do projeto, desenvolvido em cima do tripé social, ambiental e econômico. 

"Não é apenas a Ambipar que ganha o prêmio, e sim o Brasil todo, uma vez que concorremos com uma série de países e sempre nos posicionamos na vanguarda", disse.

Inovação sustentável

Criadas em 2021, as biocápsulas sustentáveis e os dispersores para semeadura por drones foram fundamentais na restauração de mais de 200 hectares de área verde em São Sebastião, no litoral paulista. A região havia sido devastada pelas chuvas de fevereiro de 2023.

A recuperação, realizada em parceria com o Instituto Conservação Costeira (ICC), Atlântica Consultoria Ambiental, Fundação Florestal e Cetesb (órgãos do governo de São Paulo), utilizou as cápsulas para semear espécies nativas, ajudando a restaurar o ecossistema local.

"Na semeadura de São Sebastião, boa parte das sementes utilizadas foi adquirida na comunidade. Com isso, também trazemos o viés social, de geração de renda. Se não fosse este tipo de tecnologia, isto não seria possível no sistema convencional de plantio", complementou Gabriel.

A partir deste ano, a tecnologia será aplicada em novas áreas degradadas  do bioma amazônico, desta vez na Colômbia.

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