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Alicerce capta R$ 40 milhões e prevê reforço escolar na região de Curitiba

A captação pré-Series B aconteceu por meio da gestora de investimentos de impacto Rise Ventures; o Alicerce opera mais de 300 centros educacionais em todo o Brasil e uma base de 30 mil alunos, com a visão de alcançar a marca de 500 mil até 2027

Paulo Batista, CEO do Alicerce Educação (Alicerce Educação/Divulgação)

Paulo Batista, CEO do Alicerce Educação (Alicerce Educação/Divulgação)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 14h44.

A empresa de educação Alicerce terá mais 40 milhões de reais para investir em inclusão e acesso aos estudos em português, matemática e habilidades para a vida no contraturno escolar de alunos de baixa renda. A captação pré-Series B aconteceu por meio da gestora de investimentos de impacto Rise Ventures.

"O Alicerce pode mostrar como negócios de impacto são a melhor fórmula para o mundo. E negócios bem estruturados são a melhor forma de resolver os grandes problemas do mundo pois conseguem atrair melhores talentos e mais capital de investimento do que ONGs", diz Paulo Batista, CEO do Alicerce à EXAME.

De acordo com ele, os 40 milhões são, principalmente, destinados à estratégia territorial de Curitiba, com a abertura de escolas de reforço que irão cobrir toda a periferia da capital paranaense. Atualmente, o Alicerce opera mais de 300 centros educacionais em todo o Brasil e uma base de 30 mil alunos, com a visão de alcançar a marca de 500 mil até 2027.

O objetivo visa estabelecer o Alicerce como um unicórnio social de capital aberto. A perspectiva de longo prazo da empresa é abranger dezenas de milhões de estudantes no Brasil, além de expandir seu modelo para nações ao redor do mundo, especialmente as que enfrentam desafios no acesso à educação básica de qualidade.

O Alicerce investiu, desde 2018, mais de R$ 50 milhões no desenvolvimento de uma metodologia proprietária que estabelece trilhas individuais de aprendizagem, assim como a mensuração dos avanços do aluno de forma frequente e contínua, possibilitando a absorção de um ano de conteúdo de português e matemática em dois meses de aulas.

A maior parte dos alunos são por meio do canal B2G, no qual há parcerias com governos estaduais e municipais – de atuação direta no contraturno das escolas públicas –, e do canal B2B, no qual estabelece parcerias com empresas privadas para (i) oferecer reforço escolar para os filhos de seus funcionários e crianças de comunidades próximas a essas empresas, e (ii) para qualificação profissional, formando ou qualificando a força de trabalho destas empresas para aumentar sua produtividade ou para auxiliar em suas estratégias de diversidade e inclusão.

Rodada de investimentos

Para viabilizar um plano de investimentos de curto prazo e maximizar o valor da empresa antes de sua Series B, o Alicerce estruturou uma rodada de pré-Series B, liderada pela Rise Ventures - fundo de private equity early-growth com uma abordagem estratégica voltada para o conciliação de retornos financeiros atrativos com um impacto socioambiental positivo e mensurável. Com a rodada, a Rise Ventures se torna o principal investidor da empresa, estabelecendo uma posição relevante no Conselho de Administração.

“Procuramos por dois anos uma tese de educação que conciliasse o impacto positivo com o retorno financeiro relevante. Depois de analisar pouco menos de uma centena de empresas no setor, encontramos o Alicerce, que tem o impacto como parte de sua estratégia e atinge uma escala interessante”, diz Pedro Vilela, CEO da Rise Ventures.

Com previsão de fechar 2023 com R$ 50 milhões de faturamento, a companhia irá levantar a rodada da série B em 2024, quando espera alcançar faturamento superior a R$ 100 milhões.

“A confiança no alinhamento de tese e admiração do processo de investimento da gestora, que foca também nos aspectos humanos envolvidos, foi o ponto-chave para a escolha da Rise como líder dessa rodada tão importante na trajetória do Alicerce”, diz Paulo.

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoDesigualdade social

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