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Rafael Sales, CEO da Aliansce Sonae + brMalls (Leandro Fonseca/Exame)
Jornalista
Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h31.
Última atualização em 13 de junho de 2023 às 11h31.
Líder do setor de shoppings, a Aliansce Sonae + brMalls carrega em sua trajetória grandes números. São 62 centros comerciais, 11.000 lojistas (menos de 2.000 são de grande porte), que recebem 60 milhões de visitas por mês e geram em torno de 100.000 empregos, entre diretos e indiretos. São 16 estados, espalhados pelas cinco regiões do país.
Essa realidade traz para a empresa um grande desafio quando se trata de ESG. Afinal, o negócio está presente em diferentes comunidades, conta diariamente com um grande público flutuante, lida com uma rede de stakeholders, gera muito resíduo e consome um grande volume de água e de energia.
Como descreve Paula Fonseca, diretora jurídica e coordenadora da Comissão ESG da Aliansce Sonae + brMalls, cada shopping é uma realidade. Por essa razão, muitas das ações ambientais e sociais são descentralizadas. Cada centro comercial mapeia as demandas e desenvolve propostas para melhorar as condições das comunidades do entorno. Cada unidade tem também programas para aumentar a eficiência energética e a redução de resíduos.
Em abril de 2022, a Aliansce Sonae anunciou a oferta pela brMalls. O negócio foi finalizado em março deste ano. Assim, a empresa passou a usar a denominação Aliansce Sonae + brMalls. A junção dos dois negócios trouxe uma dificuldade adicional: lidar com o tamanho da companhia e a união de diferentes culturas.
Rafael Sales, CEO da Aliansce Sonae + brMalls, acredita na capacidade de mobilização da empresa e no potencial de gerar impacto social positivo e desenvolvimento do entorno. “Por isso, no ano passado, esse tema passou a ser trabalhado de forma transversal na empresa. Fomos os primeiros a anunciar metas para 2023 com hubs que envolvem, por exemplo, a preservação dos recursos naturais e o bem-estar das pessoas. Estamos engajados em fomentar mudanças de hábitos no setor de varejo e na sociedade como um todo”, diz.
A jornada ESG da companhia começou em 2019, quando a brMalls se juntou ao grupo Sonae e decidiu fazer um planejamento estratégico de suas ações na área, com a sustentabilidade como um de seus pilares. Foi criada uma comissão com cinco diretores executivos, todo eles com metas atreladas ao desempenho.
No ano passado, segundo Paula, houve uma aceleração do tema dentro da companhia. Pela primeira vez foi feito um inventário de emissão de gases de efeito estufa. A empresa ainda passou a fazer parte da carteira ISE da B3, além de o conselho ter aprovado o planejamento com metas para 2030.
“Queremos ser uma empresa cidadã em temas como gênero, raça e equidade social. Neste ano será preciso fortalecer a parte do social e rever a linha de base para 2030, levando em consideração a nova configuração da empresa”, diz o executivo.