Jean Carlos Borges - CEO Algar Telecom (Leandro Fonseca/Exame)
Marina Filippe
Publicado em 23 de junho de 2022 às 21h11.
Na Algar Telecom o acompanhamento das ações ESG evoluiu nos últimos anos, e os indicadores já fazem parte da remuneração variável dos executivos.
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“A gestão de riscos foi intensificada há três anos, enquanto a geração de energia limpa é um tema forte desde 2015. ESG é um processo contínuo de melhoria desde a nossa fundação, há 68 anos”, diz Jean Borges, presidente da Algar Telecom.
Segundo o executivo, o desafio é reduzir a pegada ambiental enquanto a empresa cresce. O consumo elétrico, por exemplo, caiu de 55.851 megawatts-hora para 54.977 megawatts-hora entre 2020 e 2021. Além disso, no ano passado a geração elétrica passou a ser 100% de fontes renováveis.
“Desde 2013, quando começamos as auditorias externas, houve redução de 79% nas emissões, e é importante considerar que naquele ano estávamos em um terço das cidades que estamos hoje”, afirma Borges. A Algar Telecom está presente em mais de 370 cidades.
Outro avanço está na reciclagem de itens perigosos, como pilhas, baterias e lâmpadas, que teve um salto de 1,6 tonelada em 2019 para 72 toneladas em 2021.
Em relação ao social, a companhia segue com atuação do Instituto Algar há duas décadas, com foco em educação, esporte, cultura e voluntariado. Mais de meio milhão de pessoas já foram impactadas, sendo 40.000 só no último ano.
Nas operações de varejo da Algar Telecom, apenas nove cidades têm mais de 50.000 habitantes, sendo que cerca de 60 delas possuem menos de 20.000 habitantes.
Segundo Borges, a fibra óptica é, para além do negócio, uma questão de impacto social. Há grande desigualdade de acesso à internet no Brasil. “Estamos provendo acesso e reforçando um importante ponto para a qualidade de vida da população”, diz o executivo.