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Alckmin: etanol é rota de descarbonização que o Brasil pode oferecer ao mundo

Em fala no Fórum Nordeste, em Recife, vice-presidente destaca o papel estratégico do país na agenda climática e as oportunidades de investimento

Geraldo Alckmin no Fórum Nordeste: Brasil está bem posicionado na agenda climática (Rodrigo Caetano/Exame)

Geraldo Alckmin no Fórum Nordeste: Brasil está bem posicionado na agenda climática (Rodrigo Caetano/Exame)

Rodrigo Caetano
Rodrigo Caetano

Editor ESG

Publicado em 2 de setembro de 2024 às 14h02.

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin, destacou as oportunidades econômicas que a agenda de combate às mudanças climáticas pode trazer para a região Nordeste. Segundo ele, a descarbonização de setores estratégicos e a reforma tributária serão fundamentais para impulsionar o crescimento sustentável da região.

Alckmin participou da abertura do Fórum Nordeste, conferência econômica que acontece há 13 anos em Recife. Ele mencionou que o Brasil está avançando na descarbonização, com ênfase em alternativas ao uso de combustíveis fósseis. Para o vice-presidente e atual Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o país tem um papel de destaque na produção de combustíveis sustentáveis para aviação, o chamado SAF (Sustainable Aviation Fuel), que pode ser produzido a partir do etanol e óleos vegetais.

Brasil na descarbonização global

“No caso do SAF, quem vai fazer é Brasil, Estados Unidos e Índia, especialmente. Nós temos aí uma rota através do etanol e óleos vegetais. Depois, veículos híbridos a etanol. E, na lei do combustível do futuro, estamos levando em consideração não só do motor à roda, mas do poço à roda”, afirmou Alckmin.

A "Lei do Combustível do Futuro," mencionada por Alckmin, está em tramitação no Congresso Brasileiro e visa promover a transição energética no país, incentivando o uso de combustíveis de baixo carbono. O projeto de lei estabelece diversas metas e programas para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

Entre elas, o projeto prevê o aumento gradual da mistura de biocombustíveis, como etanol e biodiesel, na gasolina e no diesel. Por exemplo, a mistura de biodiesel no diesel passará de 14% para 20% até 2030, enquanto o teor de etanol na gasolina poderá chegar a 35%.

Oportunidades econômicas para o Brasil

A lei cria um programa nacional para estimular a produção e uso do SAF, exigindo que as companhias aéreas reduzam suas emissões utilizando o combustível a partir de 2027. O vice-presidente espera que a votação no Congresso aconteça nesta terça-feira, 3.

Alckmin também enfatizou a importância de tecnologias como veículos híbridos a etanol, hidrogênio de baixo carbono, biogás e biometano, que não só ajudam a reduzir as emissões de carbono, mas também criam novas oportunidades econômicas para o país. Segundo ele, o Brasil é um dos grandes protagonistas globais em três temas cruciais: segurança alimentar, segurança energética e combate às mudanças climáticas.

Impacto da reforma tributária no desenvolvimento sustentável

O vice-presidente destacou que a reforma tributária, em fase de implementação, será um catalisador para o investimento e as exportações, especialmente no contexto de um Brasil mais verde. Ele afirmou que a reforma desonera totalmente o investimento e a exportação, eliminando a necessidade de crédito tributário e simplificando o ambiente de negócios.

Alckmin concluiu ressaltando que a combinação dessas políticas cria um cenário promissor para o Nordeste, que pode se beneficiar do avanço das tecnologias sustentáveis e do novo modelo tributário para se tornar uma região mais competitiva e próspera.

Acompanhe tudo sobre:Geraldo AlckminSAFEnergia renovávelBiocombustíveisReforma tributáriaEconomia verde

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