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Airbus fecha acordo para financiar estudos de combustível sustentável de aviação na América Latina

Em parceria com a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), valores não foram divulgados mas irão contemplar a Argentina, Panamá e Peru

O setor de aviação representa cerca de 2,5% das emissões globais de gases de efeito estufa (Don Arnold/Getty Images)

O setor de aviação representa cerca de 2,5% das emissões globais de gases de efeito estufa (Don Arnold/Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 25 de fevereiro de 2025 às 10h00.

Última atualização em 25 de fevereiro de 2025 às 14h09.

A Airbus e a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI) firmaram um acordo pioneiro para a realização de estudos de viabilidade de combustíveis sustentáveis para aviação, os chamados SAF, na Argentina, Panamá e Peru. O anúncio aconteceu na segunda-feira (24) em São Paulo, durante a 18ª Reunião das Autoridades de Aviação Civil da Região Sul-Americana.

Com a iniciativa, a Airbus passa a ser a primeira empresa do setor aeroespacial a financiar um estudo deste tipo, dentro de um projeto da OACI voltado para a capacitação de países no desenvolvimento e implementação de SAF. O investimento será feito por meio do Fundo Ambiental Voluntário da organização, mas valores não foram divulgados.

Uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis, o SAF pode reduzir as emissões de carbono em até 80% ao longo de seu ciclo de vida em relação à querosene tradicional. No entanto, há desafios de custo e fabricação para ser adotado em escala pelas companhias aéreas.

A Airbus destaca que este é peça-chave para atingir a meta de neutralidade de carbono na aviação até 2050. Atualmente, o setor representa cerca de 2,5% das emissões globais de gases de efeito estufa, segundo a Agência Internacional de Energia. 

Para a ampliação da produção global, a Airbus vem colaborando com cias aéreas, aeroportos, fornecedores e autoridades para fortalecer esse mercado. O momento é considerado promissor, com avanços regulatórios recentes na América Latina. Brasil, Colômbia e Chile, por exemplo, já trabalham em estruturas normativas para sua viabilização.

Brasil pode liderar este mercado

Após a sanção da Lei do Combustível do Futuro, o Ministério de Minas e Energia estima que cerca de 1,6 bilhão de litros de SAF  devem ser produzidos no Brasil a partir de 2027 e o investimento no segmento pode chegar a R$ 17,5 bilhões. 

Embora ainda não haja produção em escala comercial por nenhuma empresa brasileira, algumas já investem na construção de plantas. Os projetos mais avançados são da Acelen, Raízen, Petrobras e BBF.

Em junho de 2024, o Brasil inaugurou a primeira planta piloto de produção de petróleo sintético a partir de biogás nacional para a produção do combustível verde. Localizada na usina Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu, a fabricação chegaria a 6kg por dia, segundo o governo federal. 

Por ser produzido a partir de matérias-primas renováveis -- como óleo de cozinha usado, resíduos agrícolas, biomassa, gorduras e cana-de-açúcar -- o SAF encontra solo fértil no Brasil, conhecido por sua tradição em biocombustíveis. 

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