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A Aegea oferece tarifas mais acessíveis para populações que vivem em favelas, becos e palafitas. (Mario Tama/Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 9 de setembro de 2025 às 08h00.
Última atualização em 9 de setembro de 2025 às 10h08.
A Aegea acaba de inaugurar um hub de inovação voltado ao desenvolvimento de soluções para os desafios do saneamento e gestão de resíduos no Brasil.
Hoje atuante em todo ciclo da água em 760 cidades distribuídas por todas as regiões e biomas do país, a companhia se consolidou como a maior empresa privada do setor no Brasil e atende cerca de 33 milhões de brasileiros.
O novo espaço, localizado em Indaiatuba, no interior de São Paulo, ocupa uma área de 1.260 metros quadrados e promete acelerar a criação de tecnologias sustentáveis para o setor.
A ideia é funcionar como um ponto de encontro entre diferentes atores do ecossistema: colaboradores da empresa, startups, universidades, fornecedores nacionais e internacionais. O objetivo é criar soluções aplicáveis aos principais gargalos de acesso a água potável, especialmente em regiões e comunidades mais vulneráveis nas quais a empresa atua e já tem expertise.
Maurício Endo, diretor de Inovação da Aegea, disse que a iniciativa surge em um momento estratégico a frente de infraestrutura tem um dos maiores déficits. "Isso impõe desafios estruturais e, ao mesmo tempo, abre oportunidades para inovarmos", destacou.
Os dados do Instituto Trata Brasil de 2025 revelam o tamanho do problema: ainda há aproximadamente 34 milhões de pessoas que não acessam água tratada, e mais de 90 milhões sem coleta e tratamento de esgotos.
Por outro lado, o Marco Legal do Saneamento Básico estabelece que todas as localidades brasileiras devem atender a 99% da população com recursos hídricos e 90% com esgotamento sanitário até 2033. Para chegar lá, o instituto estima um investimento necessário de mais de R$ 50 bilhões anuais.
Neste sentido, o governo brasileiro tem lançado leilões para mobilizar mais recursos destinados a obras e infraestrutura. Em 2025, as empresas do setor devem disputar 23 projetos que podem levantar até R$ 73 bilhões.
No ranking, as piores taxas de saneamento estão concentradas na Amazônia Legal e a região Norte tem mais da metade dos 20 municípios com menor acesso.
No Pará, sede da COP30 em novembro, a Aegea venceu três blocos de leilões e passa a operar em 27 localidades por 40 anos, incluindo Santarém, cidade com os piores índices do Brasil. A concessão estima R$ 3,6 bilhões em investimentos e prevê uma série de obras, mas que não ficarão prontas a tempo da grande conferência do clima.
O batizado de "AegeaHub" vai focar em projetos relacionados à universalização do saneamento, gestão de recursos hídricos e tratamento de resíduos sólidos. Entre as áreas prioritárias estão:
O modelo adotado combina inovação interna e aberta, com equipes multidisciplinares trabalhando tanto com colaboradores quanto com parceiros externos. Segundo a Aegea, a abordagem busca integrar conhecimento técnico, tendências do setor e o compromisso da empresa com a sustentabilidade desde sua fundação em 2010.
"Nossa visão é que a inovação não é fim, mas um meio para evoluirmos na promoção da saúde, dignidade e qualidade de vida nos territórios atendidos", complementou o diretor.
Em 2024, a Aegea investiu 10,4 bilhões de reais na expansão de sua rede de atendimento. Destes, 5,3 bilhões de reais foram direcionados especificamente para infraestrutura, ampliando a oferta do serviço a cerca de 400.000 unidades consumidoras e beneficiando aproximadamente 1,2 milhão de pessoas com inclusão sanitária, aumento de renda e redução da mortalidade.
Pensando em levar água para mais pessoas, a empresa também oferece tarifas mais acessíveis para populações que vivem em favelas, becos e palafitas. No último ano, mais de 2 milhões foram beneficiadas pelas Tarifa Social e Tarifa 10, assegurando que o recurso não seja privilégio, mas um direito fundamental.