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Apresentado por AÇO VERDE DO BRASIL

Aço Verde do Brasil aumenta produção e venda em 2022

Com investimento em tecnologias “carbono zero”, siderúrgica reduz custos de produção, amplia portfólio e ganha clientes

 (AVB/Divulgação)

(AVB/Divulgação)

EXAME Solutions
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Publicado em 13 de abril de 2023 às 13h30.

Última atualização em 13 de abril de 2023 às 16h40.

O consumo aparente de aço no país no ano passado foi de 23,4 milhões de toneladas, uma queda de 10,9% em relação a 2021, segundo o Instituto Aço Brasil (IABr). O mercado de aços longos apresentou uma redução ainda maior, de 12,9%, no consumo em 2022, em comparação a 2021.

Apesar dos dados do setor, a Aço Verde do Brasil (AVB) apresentou o maior volume de vendas, receita líquida, lucro bruto e Ebitda de sua história no período. A produção foi de cerca de 360 mil toneladas de laminados de aço em 2022, um crescimento de 34% em relação a 2021 e a maior desde o início das atividades da empresa.

O volume de vendas de laminados teve acréscimo de 36%: das 258 mil toneladas de laminados em 2021, passou a 352 mil toneladas em 2022.

Já a receita líquida atingiu R$ 1,9 bilhão, crescimento de 33,5% em comparação a 2021, quando atingiu R$ 1,4 bilhão, e crescimento de 57,4% em relação a 2020 (R$ 900 milhões).

O lucro bruto também aumentou 11,9% em comparação a 2021, e o Ebitda ajustado atingiu R$ 804,1 milhões, aumento de 6,8% em relação a 2021.

(Arte/Exame)

A venda total de laminados de aço da AVB em 2022 apresentou crescimento de 36,4% quando comparada ao ano anterior, em razão do maior volume de vendas tanto de vergalhões quanto de fio máquina.

“O que mais nos orgulha é que conseguimos esses resultados em um ano que não estava fácil para ninguém. E aumentamos as vendas graças a novos clientes conquistados em novos mercados, um resultado ainda mais importante se considerarmos que nem completamos cinco anos no mercado”, afirma Silvia Carvalho Nascimento, CEO da Aço Verde do Brasil.

Os resultados obtidos em 2022 são mais um passo na evolução da AVB.

“Estamos cumprindo com disciplina o plano de trabalho para os nossos primeiros cinco anos: crescer com segurança, um passo após o outro, sem atropelar processos, mas apresentando um crescimento sólido”, justifica Silvia.

Em 2022, a empresa manteve suas margens em níveis superiores ao período de pré-pandemia, mesmo em um ano com aumento de cerca de 7% nos custos e redução de cerca de 8% nos preços. A margem Ebitda ajustada da AVB foi de 42,5% e seu nível de alavancagem foi de 0,6x a dívida líquida/Ebitda ajustado.

O segredo do sucesso

A CEO da AVB acredita que os resultados de 2022 foram uma combinação de trabalho constante para entender a necessidade dos clientes somado a um produto de qualidade e de uso flexível.

Em 2022, o ganho de vendas foi resultado do aumento de market share nos clientes que já atuava e a conquista de novos clientes da indústria, devido à ampliação do portfólio.

“Já para este ano, com a evolução nos nossos processos de produção e aquisição de novos equipamentos e novas tecnologias, estamos oferecendo aos clientes mais opções de produtos e evoluindo ainda mais na qualidade dos produtos já existentes”, pontua Leandro Vasconcelos, diretor comercial e de logística da AVB.

Os clientes da siderúrgica são indústrias que processam o aço para vendê-lo ao cliente final. No início de sua atuação a AVB disponibilizava produtos de maior consumo, como o fio máquina para a construção civil. Entretanto, com o passar do tempo, a empresa mapeou o mercado e desenvolveu produtos mais elaborados e com maior valor agregado.

“O mercado abriu as portas para a AVB, pois éramos mais uma opção em um setor muito restrito. Atuando ao lado de nossos clientes, iniciamos um forte trabalho no desenvolvimento de novos produtos. Logo no início da produção de laminados, criamos um departamento técnico que mantém contato direto com as áreas especializadas dos clientes”, afirma.

Os especialistas do departamento técnico oferecem uma consultoria aos compradores, avaliando desempenho dos produtos, performance do equipamento, além de entender as necessidades do mercado para posteriormente apresentar soluções e novos produtos. “Diante do trabalho realizado, aumentamos nossa participação nos clientes atuais além de conquistar novos clientes no mercado”, conclui o diretor comercial e de logística da siderúrgica.

(Arte/Exame)

Foco no mercado nacional, mas com um pé no exterior

Atualmente, a AVB atende diversos setores, como construção civil, industrial (empresas de arames industriais, fixação e solda) e agronegócio, em todos os estados brasileiros. No ano passado, a companhia também exportou 25 mil toneladas de produtos semiacabados, o que contribuiu para o aumento de 45,1% no volume de vendas total da empresa na comparação anual com 2021.

“Seguimos como estratégia a atuação no atacado para não ser concorrente do nosso próprio cliente. Somos parceiros e fornecedores dos clientes que customizam nosso aço para vender ao cliente final”, justifica Vasconcelos.

“A siderúrgica está localizada em Açailândia, no sul do Maranhão, conhecida como região Tocantina, centro-norte do Brasil. Essa localização geográfica possibilita que nossas entregas sejam feitas em até cinco dias, mesmo que nosso raio médio de distância dos clientes seja de 2,1 mil quilômetros”, conta o executivo.

Sustentabilidade como diferencial competitivo

A AVB acredita que a política de carbono neutro traz qualidade e competitividade para o negócio.

Toda a energia necessária para a siderúrgica funcionar é oriunda de fontes renováveis. A empresa não utiliza gás natural (combustível fóssil), um dos custos mais relevantes na produção do aço, e em substituição emprega gás de processo gerado nos altos-fornos (combustível renovável) para aquecer seu forno de laminação.

Em 2023, a AVB inaugurou uma termelétrica com capacidade de geração de 11MW de energia renovável com zero emissão de carbono a partir do aproveitamento da energia contida nos gases de processo gerados nos altos-fornos e aciaria. A termelétrica tem capacidade de geração de 30% da necessidade total de energia elétrica da usina, sendo que todo o restante da energia é adquirido de fontes externas renováveis.

A empresa, inclusive, reforçou o caixa no ano passado com uma captação no mercado de capitais por meio da emissão de R$ 400 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) justamente para aplicar em ativo biológico, base para a produção do biocarbono.

Em 2022, a AVB conquistou o menor indicador mundial para emissões de CO2 por tonelada de aço bruto produzido de 2018 a 2021, segundo a World Steel Association, mantendo o valor de seu inventário anual de gases de efeito estufa (GEE) de 2021 de 0,02 tonelada de CO2 emitida por tonelada de aço produzido (tCO2 e/t aço), comparado a uma média mundial de 1,89 tCO2/t aço, segundo a associação.

Além disso, matérias-primas utilizadas na produção do aço, como oxigênio, nitrogênio e biocarbono, também são produzidas internamente. “Todas essas medidas, além de sustentáveis, impactam positivamente nosso custo de produção de aço”, diz o diretor comercial e de logística da companhia.

Em linha com sua proposta de sustentabilidade, a AVB pretende inaugurar, ainda em 2023, uma planta de briquetes a frio (blocos compactos de alta densidade feitos de resíduos gerados na produção do aço) que dará uso aos resíduos sólidos que antes não tinham destinação. O emprego dos briquetes nos altos-fornos reduzirá o consumo de minério de ferro e de biocarbono em até 10%, além de permitir o reaproveitamento de 100% dos resíduos sólidos gerados na usina. “Este ano pretendemos nos tornar uma siderúrgica sem resíduo, algo pioneiro na indústria”, comemora a CEO.

(Arte/Exame)

Um ano de conquistas

Os investimentos em alta tecnologia e metodologias voltadas para o “carbono zero” adotadas pela AVB foram reconhecidas por entidades internacionais do setor. Em 2022, a empresa obteve uma nota B no questionário de Mudanças Climáticas do Carbon Disclosure Project (CDP), segunda melhor nota do rating global de sustentabilidade em seu primeiro ano de participação. O CDP mede, gerencia e compartilha informações ambientais relacionadas ao clima e a outros aspectos da sustentabilidade e atribui notas de D- a A às companhias.

“O resultado demonstra o comprometimento da companhia na implementação de políticas e estratégias para reduzir os impactos ambientais, além de ter atuação consistente e gestão eficiente dos indicadores ESG [Ambiental, Social e de Governança, na sigla em inglês]”, diz Silvia.

A empresa também conquistou, pelo segundo ano consecutivo, o Selo Ouro pelo Programa Brasileiro GHG Protocol, a categoria de maior nível de exigência do programa verificado pela Societé Générale de Surveillance (SGS), a mesma que reconheceu a AVB como a empresa pioneira na produção do aço sem a utilização de combustíveis fósseis.

Ainda em 2023, a atuação da AVB no tema sustentabilidade foi destaque no Berlin Energy Transition Dialogue, encontro promovido pela Embaixada do Brasil em Berlim (Alemanha). A CEO da empresa participou do painel sobre a descarbonização da indústria e apresentou os principais projetos e ações de descarbonização implementados pela AVB para se tornar uma siderúrgica carbono neutro.

Também no ano passado foi criado o Instituto AVB (IAVB), cujo principal objetivo é consolidar as ações que a companhia já vinha realizando nos últimos anos nas áreas de saúde, educação, cultura e lazer nas comunidades e ambientes onde atua.

“É importante distribuir mais do que a obrigação legal a esses públicos, pois assim devolvemos o que recebemos da sociedade, especialmente da nossa força de trabalho, nossa matéria-prima mais relevante”, afirma a CEO.

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