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A estratégia da Mapfre e Reservas Votorantim para neutralizar as emissões da seguradora até 2028

Mais de 5 mil toneladas de carbono serão compensadas com a restauração florestal do Parque Estadual Carlos Botelho, reconhecido como patrimônio natural pela UNESCO

O objetivo é que 42 mil mudas de árvores nativas sejam plantadas no local para sequestrar o carbono emitido (ValterCunha/Getty Images)

O objetivo é que 42 mil mudas de árvores nativas sejam plantadas no local para sequestrar o carbono emitido (ValterCunha/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 15h59.

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A seguradora Mapfre e a Reservas Votorantim, braço de gestão de biomas e projetos da economia verde da Votorantim, acabam de lançar o projeto “Floresta Mapfre”, que busca restaurar uma área de quase 30 hectares na Mata Atlântica ao longo de quatro anos.

Dessa maneira, mais de 5 mil toneladas de carbono serão compensadas com a restauração florestal, quantidade que neutraliza as emissões da seguradora no país até 2028. A iniciativa inclui as emissões da operação da empresa a partir do consumo energético, emissões em locomoções e viagens dos funcionários, além da gestão de resíduos e a cadeia de suprimentos.

A atividade será realizada no Parque Estadual Carlos Botelho, unidade de conservação de mais de 37 mil hectares nos municípios de Capão Bonito, São Miguel Arcanjo e Sete Barras, no interior de São Paulo. O local é reconhecido como Sítio do Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO.

O parque ainda é reconhecido por ser um dos corredores ecológicos que conectam áreas remanescentes da Mata Atlântica no país, abrigando a maior população de muriquis-do-sul existente — espécie de primatas que corre grave risco de extinção.

O objetivo é que 42 mil mudas de árvores nativas sejam plantadas no local para sequestrar o carbono emitido. Ao todo, 264 espécies foram selecionadas com base no bioma e no ecossistema.

Descarbonização da indústria

O CEO da Mapfre, Felipe Nascimento, contou que a estratégia avança a companhia na busca pela mitigação das mudanças climáticas. “Com o Floresta MAPFRE, vamos contribuir ativamente para a redução das emissões de carbono, para a proteção da fauna e flora e para o fortalecimento das comunidades que dependem dessas florestas”, disse. O executivo ainda complementa que a parceria ajuda na criação de um legado de biodiversidade e com o futuro brasileiro.

David Canassa, diretor-executivo das Reservas Votorantim, complementa que projetos como o Floresta Mapfre são cada vez mais importantes com ascensão das mudanças do clima e do ambiente. “O local escolhido se torna ainda mais relevante por ser uma unidade de conservação que integra o maior corredor ecológico de Mata Atlântica do país, bioma considerado um hotspot mundial para a conservação da biodiversidade”, explica.

A Reservas Votorantim será responsável pelo acompanhamento das práticas da Mapfre, realizando verificações in loco e uma auditoria independente. Relatórios semestrais informarão os públicos interessados sobre o progresso da iniciativa.

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