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A energia no centro de um mundo mais sustentável

Dia Mundial da Energia: além da eficiência energética, inovações ecologicamente corretas podem facilitar o caminho para que seja possível para as companhias atingirem o nível net-zero até 2050

Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a data de 29 de maio como o Dia Mundial da Energia há 42 anos (PM Images/Getty Images)

Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a data de 29 de maio como o Dia Mundial da Energia há 42 anos (PM Images/Getty Images)

Marcos Matias
Marcos Matias

Schneider Electric

Publicado em 29 de maio de 2023 às 07h00.

Última atualização em 31 de maio de 2023 às 19h10.

As empresas têm um papel protagonista no combate às mudanças climáticas, o que passa diretamente pelo uso responsável e eficiente dos recursos energéticos também. Dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostram que a indústria brasileira responde por mais de 30% do consumo final de energia no país. Não à toa, a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) estabeleceu a data de 29 de maio como o Dia Mundial da Energia há 42 anos, promovendo a conscientização sobre o consumo de energia e o desenvolvimento sustentável.

Ainda que, há anos, muito tenha se falado sobre o assunto, segundo um estudo da Schneider Electric, em parceria com a Forrester Consulting, divulgado em abril, 73% das empresas de colocation, responsáveis pela infraestrutura de data centers, declararam a sustentabilidade como uma prioridade empresarial para a sua organização, sendo a sua prioridade número 2 em geral, mas apenas 33% dizem que as suas organizações criaram um plano estratégico de sustentabilidade.

Ainda que as empresas estejam se adaptando de forma mais lenta, o mercado tem exigido cada vez mais compromissos e metas ambientais claras. A razão dessa pressão cada vez maior é um consumidor mais consciente do que está comprando e, além disso, o avanço da digitalização, que trouxe agilidade e eficiência para alguns segmentos. Para a indústria, a necessidade de fortalecer a sustentabilidade é ainda mais evidente. De acordo com a International Energy Agency (IEA), as emissões industriais — considerando os processos ininterruptos, como óleo e gás e produtos químicos — diretas de CO2 são responsáveis por 26% do total de emissões globais.

Assim, não somente neste Dia Mundial da Energia, mas em todos os outros, é preciso incentivar a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis, como a energia solar, eólica, hidrelétrica, biomassa e, agora, a mais recente, hidrogênio verde, sempre visando à maior redução da emissão de gases de efeito estufa.

O Schneider Electric Sustainability Research Institute aponta que, se tiver políticas ambientalmente amigáveis adotadas por governos e empresas, a eletricidade vai representar entre 40% e 60% do consumo final de energia até 2050. Isso fica entre duas e três vezes o que representa hoje, o que indica que, à medida que a economia se moderniza, a tendência é ela se descarbonizar.

Além da eficiência energética, inovações ecologicamente corretas podem facilitar o caminho para que seja possível para as companhias atingirem o nível net-zero até 2050, ao mesmo tempo que entregam benefícios adicionais para o consumidor, como redução de custos, mais resiliência e melhorias nos níveis de conforto.

Acredito que o primeiro passo nessa jornada de economia de energia seja o conhecimento — tanto dos próprios negócios, da relação com o fornecedor, quanto das preferências do consumidor. Saber quais são os pontos fortes e quais são as vulnerabilidades na questão de energia ou de sustentabilidade é fundamental para colher os resultados.

Em seguida, é essencial traçar estratégias possíveis de serem realizadas, seja na questão de custos ou de capacidade. Isso leva à criação de metas que podem ser alcançadas e, como consequência, sejam valorizadas pelo mercado. Ao acertar no investimento, pequenos passos, como a adoção de um software que unifica sistemas, garantem economia de energia e redução de custos significativos.

Outro passo fundamental nesse processo é monitorar o que está sendo desenvolvido em relação à sustentabilidade. É esse acompanhamento que diz se o caminho escolhido foi correto e permite realizar ajustes ao longo do percurso sem que haja “surpresas desagradáveis” no futuro, como um projeto impossível de ser custeado.

Portanto, acredito que as companhias precisam tornar a sustentabilidade parte dos negócios e integrar o core business da empresa. Como consequência, sendo algo essencial nesse processo, o uso da energia tem sua importância fortalecida, tornando-se uma peça-chave em qualquer transformação digital e projeto sustentável. Ao lembrar da importância de economizarmos esse recurso, as chances de obter um futuro melhor e com maior responsabilidade social aumentam.

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