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Segundo Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart, o que impulsiona essa revolução é a capacidade de monitorar e coletar dados no campo (Alexis Prappas/Exame)
Rodrigo Caetano
Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 11h51.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2021 às 07h36.
Dá para alimentar o mundo sem agrotóxicos? Essas startups dizem que sim. No décimo episódio do podcast ESG de A a Z, Felipe Villela, Mariana Vasconcelos e Guilherme Raucci, fundadores das startups ReNature e Agrosmart, explicam como a agricultura regenerativa pode ser uma solução para a barreira da escala na produção sem o uso de produtos químicos. Para eles, se livrar dos agrotóxicos é questão de tempo.
O termo “agricultura regenerativa” foi cunhado pelo americano Robert Rodale, que utilizou teorias de hierarquia ecológica para estudar os processos de regeneração nos sistemas agrícolas ao longo do tempo. Ela já é utilizada por empresas como Patagonia, Danone, Natura e General Mills. A técnica busca imitar os processos da natureza, ao contrário da agricultura tradicional, que depende de insumos externos para sua viabilidade. Dessa forma, é possível reduzir o consumo de água em 60%, de insumos em até 40%, aumentar a produtividade em até 20% e sequestrar entre 36 e 45 toneladas de carbono por hectare.
Segundo Mariana Vasconcelos, CEO da Agrosmart, o que impulsiona essa revolução é a capacidade de monitorar e coletar dados no campo. “Essa é a base da agricultura regenerativa”, afirma. Ao compreender os ciclos naturais dos ecossistemas, é possível aproveitar as proteções naturais da vegetação para garantir um plantio livre de pragas: diversos cultivos são organizados no mesmo local, de forma que um tipo de vegetação proteja o outro.
ReNature e Agrosmart firmaram uma parceria, recentemente, para dar escala a esse tipo de agricultura. Os primeiros projetos em conjunto terão como foco as cadeias de produção de café, cacau, algodão, palma, borracha natural, madeira, soja e pecuária. As duas empresas se complementam. A ReNature atua no “design” de plantações regenerativas, enquanto a Agrosmart é especializada na coleta e análise de dados no campo.
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