(Guido Mieth/Getty Images)
O Instituto Fashion Revolution Brasil, em parceria com o Fashion Revolution CIC, aparesenta a quinta edição do Índice de Transparência da Moda Brasil (ITMB). Segundo o estudo, nenhuma das 60 maiores companhias analisadas do ramo divulgam publicamente compromissos mensuráveis. Ainda de acordo com informações do documento, 67% das empresas analisadas não divulgaram nenhuma informação sobre lista de fornecedores.
O relatório tem como objetivo ser um acelerador das mudanças na indústria da moda e divulgar a situação de 60 grandes marcas e varejistas do mercado brasileiro. O documento analisa cinco parâmetros diferentes, dentre eles: governança, rastreabilidade, resolução de tópicos em destaque, políticas e compromissos.
Segundo as conclusões do relatório, transparência e sustentabilidade são instrumentos para alcançar uma indústria de moda mais responsável. "Justiça social e justiça climática estão intrinsecamente ligadas. A moda, como uma das grandes indústrias do mundo, deve operar de forma mais justa e transparente, proporcionando um meio de vida digno para seus trabalhadores e contribuindo para a regeneração da Natureza", diz Isabella Luglio, coordenadora do projeto e a frente da equipe educacional da instituição.
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A rastreabilidade é um dos maiores desafios da cadeia produtiva de moda, mas ao mesmo tempo, é essencial para garantir o pilar social da sustentabilidade com a dignidade dos trabalhadores do setor. Pensando nisso, o ITMB mostra que, no ano passado, a pontuação média das empresas foi de 17%, um ponto percentual a menos se comparado com 2021.
As companhias com maiores pontuações foram C&A (com 73%), Malwee (68%), seguida por Havaianas (57%), Renner (57%) e Youcom (57%) [veja a imagem abaixo]. Enquanto isso, 22 empresas zeraram a pontuação, sendo algumas delas: Besni, Colcci, Fórum, Marisol, Moleca, Netshoes e Nike.
Segundo a instituição, a transparência permite que investidores, ONGs, sindicatos e trabalhadores possam examinar o que as empresas alegam e comparar com o que efetivamente é posto em prática – garantindo a segurança dos direitos humanos e da proteção ambiental. Outro fator que torna a transparência importante é que ela possibilita a colaboração para mitigar, prevenir e remediar abusos ambientais e direitos humanos para que melhores práticas sejam criadas.
Para ler o ITMB 2022 na íntegra, acesse aqui.