Esfera Brasil

Transformação digital pode aumentar produtividade e reduzir custos, diz Márcio Elias Rosa

No Fórum Esfera 2024, secretário-executivo do MDIC se posicionou de maneira favorável à integração da IA pelas empresas

No Fórum Esfera 2024, secretário-executivo do MDIC se posicionou de maneira favorável à integração da IA pelas empresas (Esfera Brasil/Divulgação)

No Fórum Esfera 2024, secretário-executivo do MDIC se posicionou de maneira favorável à integração da IA pelas empresas (Esfera Brasil/Divulgação)

Esfera Brasil
Esfera Brasil

Plataforma de conteúdo

Publicado em 11 de junho de 2024 às 06h00.

O secretário-executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Márcio Elias Rosa, defendeu, no Fórum Esfera 2024, que a transformação digital seja absorvida pela indústria nacional, sob o risco de se perder produtividade e relevância no cenário internacional.

“É preciso que a sociedade incorpore esses avanços. A transformação digital é uma realidade que não é mais do futuro, é do presente. Está presente nos smartphones e também é capaz de reduzir custos e roteirizar procedimentos das etapas fabris”, disse ele no painel que debateu o potencial da inteligência artificial (IA).

A IA faz parte dos eixos da nova política industrial apresentada pelo governo no início do ano. Márcio Elias Rosa defendeu que o crédito seja mais acessível para as empresas que desejarem investir em pesquisa para o desenvolvimento de soluções com tecnologia aplicada. “O BNDES reservou mais de R$ 60 bilhões para investimentos em inovação tecnológica pelo setor produtivo, com taxas mais atrativas do que as taxas de mercado”, argumentou.

A rede de tráfego de dados brasileira e a posição geográfica do País, segundo Márcio Elias, representam vantagens para o Brasil em uma análise comparativa com outras nações. Ele também defendeu que o ministério das Comunicações se dedique a políticas públicas que representem ganho de conectividade. No mesmo painel estiveram Luiz Tonisi, da Qualcomm, Gabriela Comazzetto, do TikTok, e o juiz federal Augustino Chaves, do Ceará.

Ainda que destaque o potencial das novas tecnologias para impulsionar o setor produtivo, Márcio Elias defende que o arcabouço jurídico a ser aprovado leve em consideração que a IA diz respeito a questões do cotidiano das pessoas, uma vez que o acesso a equipamentos como smartphones tem crescido a cada ano.

Nesta terça-feira, 11, o Senado discute a regulamentação da IA em sessão temática sobre o Projeto de Lei 2.338/2023. A previsão é que o plenário da casa analise o tema na quarta-feira, 12. De autoria do presidente do Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a proposta conta com o senador Eduardo Gomes (PL-TO) como relator e traz uma série de deveres a serem cumpridos pelas empresas do setor. Críticos ao texto argumentam que a matéria não pode representar entrave para a inovação e deve levar em consideração a realidade de pequenas e médias empresas.

“A União Europeia lançou sua legislação em 21 de maio. Ela faz um contraponto aos Estados Unidos e à China. O que se sugere é que esse contraponto possa ser um entrave ao desenvolvimento da inteligência artificial. A nossa legislação sobre LGPD foi inspirada na União Europeia. Eu não sei se no caso da inteligência artificial a legislação também tenha que ser inspirada na União Europeia”, disse Augustino Chaves. “Meu sentimento é que a inteligência artificial vai mudar o mundo”, acrescentou o magistrado.

Acompanhe tudo sobre:BNDESInteligência artificialGoverno Lula

Mais de Esfera Brasil

Consulta pública da AGU sobre moderação das plataformas digitais recebe 87 sugestões

Por que Trump proibiu o Banco Central dos EUA de criar uma moeda digital?

Os recados de Milei ao sistema financeiro mundial em Davos

Lei transfere recursos de fundos regionais para obras do PAC na Amazônia e no Nordeste