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Tarifaço de Trump é oportunidade para setor farmacêutico brasileiro, diz Padilha

Ministro da Saúde afirma que País deve enxergar no acordo entre Mercosul e União Europeia uma janela para outros mercados

 Ministro não descarta buscar cooperação diretamente com empresas de capital norte-americano que querem investir em laboratórios instalados no Brasil (Esfera Brasil)

Ministro não descarta buscar cooperação diretamente com empresas de capital norte-americano que querem investir em laboratórios instalados no Brasil (Esfera Brasil)

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Publicado em 6 de agosto de 2025 às 20h28.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou, nesta quarta-feira, 6, em Brasília, que as restrições impostas pelo governo de Donald Trump devem ser vistas pelo lado brasileiro como oportunidade para o poder público intensificar o esforço de promover mais investimentos em inovação.

Ainda segundo Padilha, a prioridade neste momento deve ser fazer avançar, no âmbito do Mercosul, o acordo comercial com a União Europeia, em bases que garantam facilidades para o setor farmacêutico brasileiro ter acesso a um mercado de 446 milhões de habitantes.

“O tarifaço é uma oportunidade para mobilizar tudo que a gente consegue, para cada vez mais produzir insumos e medicamentos aqui no Brasil. Ninguém quer ficar mais dependente de um lugar só depois de tudo que aconteceu na pandemia”, afirmou o ministro durante participação no Fórum Saúde 2025, uma parceria entre Esfera Brasil e EMS.

Produção de insulina

Na visão do secretário-executivo da pasta, Adriano Massuda, que também participou do encontro em um segundo momento, a resposta do Brasil será na direção de “fortalecer a indústria nacional”. Pelas metas estabelecidas no âmbito do Nova Indústria Brasil, o País se compromete em produzir internamente 70% de todos os insumos e medicamentos de necessidade do mercado doméstico até o ano de 2030.

Padilha destacou que nos últimos anos o País retomou a produção de insulina graças a parcerias com China e Índia, além de empresas privadas brasileiras. Ainda que tenha se posicionado firmemente contra a postura de Trump, o ministro não descarta buscar cooperação diretamente com empresas de capital norte-americano que querem investir em laboratórios instalados no Brasil.

“O Brasil precisa aproveitar [o momento] sem ufanismo, mas também sem subserviência, sem diminuir o tamanho dos nossos pesquisadores, sem improviso, mas com muito planejamento e consciência de que a gente tem um espaço a ocupar. O Ministério da Saúde está investindo R$ 170 milhões em RNA mensageiro, com duas plataformas, uma na Fiocruz e outra no Butantan, e contamos com o setor privado”, completou.

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