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Rio ganha holofote em encontro global de sustentabilidade nas cidades

Rio+30, programado para outubro, acontece no ano do 30º aniversário da Eco-92, primeira cúpula da ONU sobre ambiente e desenvolvimento sustentável

Imóveis no Rio de Janeiro (Zarpo/Divulgação)

Imóveis no Rio de Janeiro (Zarpo/Divulgação)

O Rio de Janeiro será palco neste ano das discussões, em âmbito global, sobre desenvolvimento urbano sustentável e inclusivo. A cidade sediará, entre os dias 17 e 19 de outubro, a Rio+30 Cidades, que terá a participação de políticos e acadêmicos, do Brasil e do exterior, além de lideranças de comunidades tradicionais, nomes importantes da indústria e do comércio e ativistas. Ao todo, 180 ONGs (organizações não-governamentais), movimentos e redes deverão estar presentes.

O evento também acontece no 30º aniversário da Eco 92 – a primeira edição da conferência da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre ambiente e desenvolvimento sustentável. O foco estará no debate de políticas públicas que integrem sustentabilidade e justiça social nas cidades. A Rio+30 deve ser realizada na Praça Mauá, no Museu do Amanhã e no MAR (Museu de Arte do Rio).

No lançamento do evento, em 30 de março deste ano, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), disse que o impacto das mudanças climáticas nas populações mais pobres precisa ser discutido. “Só haverá crescimento econômico, só diminuiremos a desigualdade, se tratarmos dessa agenda. Não é mais uma agenda só do defensor da natureza. É uma agenda de toda a sociedade”, disse.

Sustentabilidade em centros urbanos é tema de debates pelo mundo todo. Entre os dias 11 e 13 de maio, a cidade de Malmö (Suécia) sediou o Congresso Mundial 2021/2022 da Iclei (Governos Locais pela Sustentabilidade), evento que acontece a cada três anos – e que também foi palco do lançamento do projeto Rio+30.

Desenvolvimento sustentável e redução de desigualdades em meio urbano é tema deste ano do Fórum Econômico Mundial, de Davos (Suíça). A diretora da organização indiana Sparc (Sociedade para a Promoção de Centros de Recursos Locais, em tradução livre), Sheela Patel, aponta para uma era de “metropolitanização” e diz que tais áreas urbanas vão se espraiar por mais regiões rurais, dificultando o trabalho de planejamento urbano – em particular em relação a sistemas de água e esgoto. Também em Davos, o presidente da Colômbia, Iván Duque, disse que o modo de vida dos habitantes de cidades é a ameaça mais expressiva à gestão de ecossistemas.

Em 2021, a COP 26 (conferência climática da ONU), realizada em 2021 em Glasgow (Escócia), colocou metas como regulamentação do mercado de carbono, redução de desmatamento e emissão de gases de efeito estufa – que terão grandes efeitos positivos na qualidade de vida nas cidades. A Cop 27, programada para novembro deste ano no Egito, vai avaliar o quanto se avançou na adoção de uma agenda mais sustentável nas grandes cidades, do Brasil e do mundo.

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