Silveira projetou investimentos de aproximadamente R$ 5 trilhões entre 2031 e 2050 em toda cadeia produtiva de óleo e gás (Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
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Publicado em 2 de agosto de 2024 às 06h00.
Após o leilão promovido pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) garantir a arrecadação de aproximadamente R$ 17 bilhões na quarta-feira, 31, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou que esses recursos são indispensáveis para reduzir a dependência de importações e, ao mesmo tempo, financiar projetos para a transição energética.
Dividida em quatro lotes, a disputa contou com um recorde de dez empresas habilitadas a concorrer e teve como vencedoras a Petrobras e duas empresas estatais chinesas.
Na visão de Silveira, além de se tratar de um movimento estratégico para a segurança energética do País, os recursos provenientes do leilão, realizado em São Paulo, podem refletir diretamente na redução da conta de luz dos brasileiros. Ele projetou investimentos de aproximadamente R$ 5 trilhões entre 2031 e 2050 em toda a cadeia produtiva de óleo e gás.
“O dinheiro do petróleo vai para o fundo social, para saúde, educação, e deve ir para a redução da conta de energia elétrica. Se não produzirmos petróleo, outro país venderá para nós. A cadeia de fornecimento de bens e serviços, a siderurgia, a cadeia do aço, estão deixando de produzir aqui e indo para a Guiana. E não é isso que queremos”, ponderou
“Tenho dialogado com o ministro Haddad para que parte da receita do óleo da União seja utilizada para reduzir a conta de luz, principalmente para o mais pobre, e a nossa CDE [Conta de Desenvolvimento Energético], que contemplou tantos investimentos justamente para tornar o Brasil protagonista na transição energética. Não é justo que essa conta fique para os mais pobres. Este é o governo do presidente Lula, que não deixa ninguém para trás”, acrescentou o ministro.
Com objetivo de estabelecer diretrizes para uma política climática que contemple a realidade de cada um dos oito biomas brasileiros até 2035, o Ministério de Minas e Energia (MME) acompanhou a primeira reunião do Plano Clima Participativo, promovido pelo governo federal.
Segundo o secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, o setor energético é um dos pilares do plano, que vai culminar na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), a ser realizada em Belém, no Pará, em novembro de 2025.
Após a etapa em Brasília, a comitiva liderada pelos ministros Márcio Macedo, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudança do Clima, segue para Recife (01/08), Teresina (02/08), Imperatriz (08/08), Macapá (08/08), Campo Grande (14/08) e São Paulo e Porto Alegre (ambos em 15/08).