Postes de luz em Valparaiso, no Chile, dia 06/08/2017 (Rodrigo Garrido/Reuters)
O mercado de concessões de iluminação pública vem crescendo a largos passos no Brasil. De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira das Concessionárias de Iluminação Pública (ABCIP), o número de Parcerias Público-Privadas (PPPs) em iluminação pública no país pode saltar de 69 para mais outros 150 até o fim de 2024. A pesquisa, realizada com a consultoria EY, ouviu cerca de 60 grupos empresariais do setor e concluiu que há 400 projetos de concessões em andamento.
Segundo o levantamento, as PPPs estão sendo impulsionadas pela estruturação de grandes bancos, como BNDES e Caixa. E o interesse das companhias privadas pelo setor é grande muito por conta da garantia de uma fonte orçamentária destinada exclusivamente a esse fim, a contribuição para custeio do serviço de iluminação pública (COSIP).
As parcerias podem ser uma boa saída para os municípios que não tem recursos para a modernização do parque de iluminação pública. Para a ABCIP, as PPPs oferecem um modelo de gestão que garante melhor atendimento às necessidades dos municípios e dos cidadãos em termos de iluminação. “A grande vantagem para as cidades é a significativa redução do consumo de energia, a melhoria na qualidade dos serviços com rígidos prazos de atendimento às solicitações e a introdução de padrões tecnológicos de última geração, com luminárias de alto rendimento e avançados sistemas de monitoramento e telegestão, que estão na gênese das cidades inteligentes", destaca o presidente da ABCIP, Pedro Iacovino.
Ainda segundo Iacovino, já são muitos cases de sucesso, entre eles nove capitais, das quais destaca São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. "O Rio de Janeiro, inclusive foi objeto da primeira modelagem integrada de iluminação pública e cidades inteligentes, com previsão de instalação de 10 mil câmeras e outros sensores que vão auxiliar a gestão de segurança pública e da rede de drenagem municipal", diz o executivo, destacando que, no entanto, 64% dos municípios que adotaram o modelo de PPP tem população inferior a 200 mil habitantes.