Esfera Brasil

Um conteúdo Esfera Brasil

Poeira dos incêndios afeta produção de energia solar, e AES recorre a drones e robôs

Entre os problemas estão os chamados “pontos quentes” e a menor incidência de luz

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

Esfera Brasil
Esfera Brasil

Plataforma de conteúdo

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 18h09.

Tudo sobreAneel
Saiba mais

Com focos de incêndio disseminados em boa parte das regiões brasileiras nas últimas semanas e a consequente maior dispersão de poeira pelo ar, painéis voltaicos de usinas solares têm recebido menos incidência de luz, o que impacta diretamente a produção diária de energia.

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), mais de 3.500 MW de potência instalada foram alojados no País desde o início do ano, com o início da operação de 93 centrais solares fotovoltaicas. Segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012 houve mais de R$ 217,5 bilhões em novos investimentos no setor. No entanto, com o tempo seco, partículas de sujeira depositadas sobre os painéis também podem ocasionar os chamados “pontos quentes”, que reduzem a vida útil dos equipamentos.

Redução de riscos

Como forma de reduzir esses riscos, a AES Brasil adquiriu dois novos robôs para a limpeza dos mais de 550 mil módulos solares dos complexos solares Ouroeste e Guaimbê, que juntos possuem uma capacidade instalada de 328,3 MW. Os equipamentos conseguem limpar 20 mil placas por dia – ou até quatro mil por hora. Para a identificação de “pontos quentes”, a empresa também passou a utilizar drones que auxiliam no mapeamento e inspeção das usinas em até cinco horas.

“Com a adoção de novas tecnologias, calculamos que a agilidade na identificação dos problemas e reparo das falhas garantem um ganho de 50% na eficiência da operação”, comentou o coordenador da Operação de Usinas Solares da AES Brasil, Alexandre Bezdiguian, à Esfera Brasil. “Isso tem contribuído para uma melhor performance dos equipamentos, redução do tempo de atividade e custo operacional, além da segurança dos nossos colaboradores”, completou.

Com o debate sobre fontes renováveis de energia tomando cada vez mais corpo entre formuladores de políticas públicas e representantes de empresas e associações do setor, a energia solar tem despontado na liderança da expansão da matriz elétrica. No segundo trimestre deste ano, a AES Brasil concluiu a expansão do Complexo Solar Ouroeste, por meio da construção do Parque Solar AGV VII. Agora, as usinas que compõem o complexo têm uma capacidade instalada de 178,3 MW, o suficiente para abastecer uma cidade de aproximadamente 800 mil habitantes.

Acompanhe tudo sobre:IncêndiosAneelDrones

Mais de Esfera Brasil

Lula diz a líderes mundiais que multilateralismo é resposta à crise global

Autotechs oferecem recarga para carros elétricos e digitalização de estacionamentos

Preferência da geração Z por meios digitais influencia iniciativas em IA para fidelizar clientes

Fim da escala 6x1 deve combinar melhor qualidade de vida e necessidades econômicas das empresas