Enquanto as exportações de produtos brasileiros ao mercado canadense aumentaram, as importações recuaram em aproximadamente 2% (Claudio Neves/Divulgação)
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Publicado em 18 de agosto de 2025 às 20h29.
Com um volume total de US$ 3,4 bilhões, as exportações brasileiras ao Canadá bateram recorde no primeiro semestre deste ano. Os números são da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, que destaca o desempenho de artigos como o bulhão dourado (ouro em forma bruta), alumina calcinada e café em grãos.
No caso do bulhão dourado, o item sozinho foi responsável por US$ 1,35 bilhão das exportações nestes seis primeiros meses de 2025. No mesmo período do ano passado, o volume não passou da casa dos US$ 765 milhões.
“O resultado deste semestre reafirma a crescente demanda do mercado canadense por produtos brasileiros e é um reflexo do compromisso contínuo em fortalecer nossa parceria comercial”, afirma Hilton Nascimento, diretor-presidente da Câmara de Comércio Brasil-Canadá (CCBC).
Ainda segundo o relatório da CCBC, também registraram altas expressivas nas exportações ao Canadá no primeiro semestre:
Sulfetos de minérios de cobre e seus concentrados;
Minérios de níquel e seus concentrados;
Carnes de suíno congeladas.
A participação do Canadá nas exportações brasileiras aumentou de 1,6% para 2,1% em um ano, indicando maior interesse e demanda por produtos brasileiros no mercado canadense. Lembrando que ambos os países têm sido alvo de tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Enquanto as exportações de produtos brasileiros ao mercado canadense aumentaram, as importações recuaram em aproximadamente 2%: de US$ 1,4 bilhão para U$ 1,37 bi. Isso significa que o saldo comercial brasileiro foi positivo em mais de US$ 2 bilhões. Ao todo, a corrente de comércio entre as nações apresentou aumento de 16%.
Resposta ao tarifaço
Na última semana, o governo brasileiro anunciou um plano emergencial para apoiar as empresas atingidas pelas tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos.
O plano prevê uma linha de crédito de R$ 30 bilhões com juros subsidiados, flexibilização de compras governamentais de alimentos e devolução de produtos pagos. Ainda que tenham saudado a medida, parte do setor do produtivo aguarda os próximos passos do Planalto com expectativa.
“O pacote tem vários pontos que podem atender empresas que fazem exportação para o mercado americano. Vai ajudar a resolver o curtíssimo prazo, mantendo as empresas capazes de sobreviverem nesse período de ajuste a uma nova realidade”, apontou o presidente da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE Florestas), Fabio Brun.