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O conceito de massa salarial e como ela influencia a economia brasileira

Número de pessoas empregadas chegou a 102,5 milhões em agosto; ganho médio é de R$ 3.228

Aumento da massa salarial foi acompanhado de uma redução na taxa de desemprego, que ficou na casa dos 6,6% no trimestre encerrado em agosto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Aumento da massa salarial foi acompanhado de uma redução na taxa de desemprego, que ficou na casa dos 6,6% no trimestre encerrado em agosto (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Publicado em 1 de outubro de 2024 às 11h04.

Soma dos rendimentos de toda a população ocupada no País, a massa salarial dos brasileiros totalizou R$ 326,2 bilhões no trimestre encerrado em agosto deste ano. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o ganho médio dos trabalhadores atingiu o valor de R$ 3.228 no período.

No trimestre encerrado em agosto deste ano, também foi observado o menor contingente de população desempregada desde janeiro de 2015, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, o número de pessoas empregadas chegou a 102,5 milhões em agosto.
 
Para alguns analistas, o aumento da massa salarial pode exercer pressão sobre a inflação de serviços, uma vez que pode levar ao crescimento do consumo das famílias. Em setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) optou por elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) para 10,75%, promovendo a primeira alta neste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada”, diz trecho do comunicado divulgado pelo Copom.

Vale lembrar que a Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do País e sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

Desemprego menor

Ainda segundo os dados divulgados pela Pnad, o aumento da massa salarial foi acompanhado de uma redução na taxa de desemprego, que ficou na casa dos 6,6% no trimestre encerrado em agosto. O dado representa uma redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) na comparação com o trimestre anterior e queda de 1,2 p.p. na análise comparada com o mesmo período de 2023.

Entre os empregados no setor privado com carteira assinada, o número absoluto de profissionais chegou ao patamar de 38,6 milhões, maior patamar da série histórica iniciada em 2015. Na comparação com o trimestre anterior, a alta foi de 0,8%, o que representa um aumento de 317 mil pessoas. Sob a perspectiva do mesmo trimestre do ano passado, há um ganho de 3,8%, ou seja, 1,4 milhão de trabalhadores a mais.

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