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“Não há possibilidade de Ciro desistir da candidatura”, diz Carlos Lupi

Segundo ele, o PDT acha importante para o debate na sociedade apresentar uma candidatura própria

O presidente do PDT, Carlos Lupi (Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente do PDT, Carlos Lupi (Ueslei Marcelino/Reuters)

O presidente do PDT, Carlos Lupi, disse em jantar promovido pela Esfera Brasil que “não há a possibilidade de Ciro Gomes não sair candidato” em nome de uma terceira via, mesmo que o partido esteja conversando com outras siglas para possíveis alianças. Segundo ele, o PDT acha importante para o debate na sociedade apresentar uma candidatura própria. “Se não tiver efeito agora, que tenha nas próximas gerações.”

A Esfera Brasil já realizou debates com outros dirigentes partidários como Gleisi Hoffmann, do PT, Bruno Araújo, do PSDB, e Valdemar Costa Neto, do PL.

Questionado sobre a pesquisa Datafolha divulgada naquela tarde, em que Ciro Gomes aparece com 7% das intenções de voto, Lupi disse que pesquisas eleitorais são um retrato do momento e que nada está definido e Ciro ainda pode crescer. Para ele, o que mexe na população é o bolso, e nessa questão Jair Bolsonaro não levaria vantagem com o desemprego em 15%, a maior inflação em 20 anos e sem aumento real de salário há 15 anos.

O dirigente pedetista também disse que Ciro tem “radicalizado porque senão ele não é opção” de voto. “Acho até que ele exagera um pouco”, afirmou. No entanto, ele disse que não há razão para as pessoas acharem que Ciro é uma panela de pressão prestes a estourar por qualquer coisa. “Ciro foi prefeito de Fortaleza, governador do Ceará, ministro da Fazenda e da Integração. Procura aí no Google e vê se tem alguma coisa, se ele perdeu a cabeça? Não tem”, falou.

Segundo Lupi, o projeto de governo cirista priorizará a educação e o desenvolvimento da indústria tecnológica e que a busca é por democratizar o acesso ao básico para que as pessoas tenham condições de igualdade e que “o muro da miséria” seja quebrado.

Ele também disse que a parceria do setor público com o privado é uma das prioridades e que não existe "radicalismo" no projeto pedetista. “A gente acredita que essa parceria público privada dá certo com respeito. O papel do Estado não é entrar para jogar, é ser juiz, falar o que pode ou não”, falou. “Nós, por exemplo, queremos democratizar o sistema financeiro. Eu não quero tirar de ninguém, quero democratizar, que a concorrência seja livre. Isso é radicalismo? Radicalismo é tomar os bancos, o que as pessoas conquistaram com seu trabalho. A gente quer democratizar. Se o mercado tem que ser livre, por que não podemos ter um banco estatal?”

Sobre a recente declaração de Ciro de que, se eleito, tomaria de volta para o Estado a Petrobras e a Eletrobras, caso as empresas sejam privatizadas, Lupi disse que faria o mesmo. “O problema não é uma empresa privada explorar [o negócio]. Energia é uma questão de soberania nacional”, afirmou. “O Estado não pode ficar de fora de alguns setores.”

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