Estatal disporá de recursos logísticos como embarcações de grande porte, helicópteros e a sonda de perfuração, a ser posicionada no local a ser perfurado
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Publicado em 26 de maio de 2025 às 17h49.
Última atualização em 26 de maio de 2025 às 18h06.
Como última etapa prevista no processo de licenciamento, a Petrobras e o Ibama realizarão uma simulação de um acidente ambiental com o objetivo de avaliar a eficácia do plano de emergência apresentado ao órgão regulador. Na última semana, a estatal teve aprovado o Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) apresentado pela estatal como parte de uma eventual resposta emergencial.
De acordo com a Petrobras, esse exercício envolverá mais de 400 pessoas e contará com recursos logísticos como embarcações de grande porte, helicópteros e a própria sonda de perfuração, que será posicionada no local a ser perfurado. A data para a simulação não havia sido definida até a publicação desta reportagem.
“Estamos satisfeitos em avançar para essa última etapa e em poder comprovar que estamos aptos a atuar de forma segura na costa do Amapá. Vamos instalar na área a maior estrutura de resposta à emergência já vista em águas profundas e ultraprofundas”, disse a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.
Área a 160 km da costa do Amapá
A Margem Equatorial compreende a faixa litorânea entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Apesar do nome, a Foz do Amazonas, área inserida nessa região, está 500 km distante do rio, e a 160 km de distância da faixa litorânea do Amapá.
“A confirmação da existência de petróleo poderá abrir uma importante fronteira energética para o país, que se desenvolverá de forma integrada com outras fontes de energia e contribuirá para que o processo de transição energética ocorra de forma justa, segura e sustentável”, afirmou a Petrobras em comunicado.
A possibilidade de exploração de petróleo na região tem colocado alas do governo em lados diferentes. Enquanto o Ministério de Minas e Energia enxerga no potencial de produção um trunfo em tempos de transição energética, que poderia colocar o Brasil em posição privilegiada perante outras nações, a pasta do Meio Ambiente se opõe à ideia.
“Com responsabilidade ambiental, vamos abrir caminho para geração de empregos, investimentos e desenvolvimento sustentável. O Amapá está preparado: temos o estado mais preservado do país e um dos marcos legais mais modernos do Brasil. Nosso compromisso é com o progresso que respeita o meio ambiente e melhora a vida do povo amapaense”, afirmou em seu perfil no X (antigo Twitter), o governador do Amapá, Clécio Luís, que tem se sido um dos grandes defensores da pauta.