No Rio, presidente classificou a criação do curso do Impa como “gol de bicicleta” (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)
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Publicado em 5 de abril de 2024 às 06h00.
Última atualização em 5 de abril de 2024 às 06h38.
Seguindo estratégia sinalizada a interlocutores desde o início deste ano, a primeira semana de abril foi marcada por uma série de compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva fora de Brasília. Encerrado nesta sexta-feira, 5, no Ceará, onde visita obras da ferrovia Transnordestina, o roteiro também incluiu passagens por Rio de Janeiro e Pernambuco.
Na capital fluminense, Lula inaugurou a primeira turma de graduação do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) ao lado do prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes, no início da semana. Instituição reconhecida internacionalmente, o Impa já oferecia cursos de mestrado e doutorado e tem pela primeira vez um curso de graduação. A seleção dos alunos foi feita seguindo critérios de desempenho dos jovens nas edições mais recentes das Olimpíadas de Matemática.
O presidente classificou a criação do curso como “gol de bicicleta” da Educação. No contexto das disputas municipais que se avizinham, a ida de Lula ao Rio de Janeiro traz, nos bastidores, o desejo do Partido dos Trabalhadores de negociar a indicação de um nome para concorrer como vice-prefeito na chapa de Paes, que tentará a reeleição em outubro. Por enquanto, o preferido do atual prefeito é o aliado Pedro Paulo, deputado federal pelo PSD. No entanto, a situação segue indefinida.
Na quinta-feira, o presidente da república participou da cerimônia de inauguração da Estação Elevatória de Água Bruta de Ipojuca e do trecho Belo Jardim, na Adutora do Agreste Pernambucano. Até o momento, o governo federal investiu mais de R$ 1,2 bilhão na obra, enquanto o estado, como contrapartida, arcou com R$ 138,5 milhões. Aos presentes, Lula saudou o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Na comitiva, estavam ministros como Waldez Goés, responsável pela Integração Nacional, e Silvio Costa Filho, chefe da pasta de Portos e Aeroportos, além de parlamentares como o deputado federal Fernando Monteiro. Durante seu discurso, o presidente também elogiou o trabalho realizado por Alexandre Padilha na articulação política.
“Padilha é o cara que rói o osso. E tem a função mais difícil no governo, que é a articulação política. Meu partido só tem 70 deputados e precisamos de 247 votos para aprovar uma coisa qualquer. É preciso muita reunião, de vez em quando uma cachacinha ou uma cerveja. O dado concreto é que nós conseguimos construir uma aliança política que não conseguimos perder nenhuma votação no Congresso Nacional”, afirmou.