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Instituições financeiras são peças-chave em novo ciclo de prosperidade

Segundo o Banco Master, é necessário fortalecer a governança, gestão e estratégia das empresas, com foco em pessoas e no planeta

Em evento, o Banco Master apresentou o novo programa de ESG da instituição financeira com foco nas pessoas. (Fernando Cavalcanti/Divulgação)

Em evento, o Banco Master apresentou o novo programa de ESG da instituição financeira com foco nas pessoas. (Fernando Cavalcanti/Divulgação)

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Publicado em 19 de outubro de 2023 às 06h03.

Por Flávia Peres*

A seca recorde no Amazonas, as chuvas intensas do Sul, a onda de calor que assolou o País: todos esses eventos recentes estão intimamente relacionados às questões climáticas, impactando a vida e o bem-estar da nossa população e a prosperidade do Brasil. Infelizmente, situações como essas tendem a ser cada vez mais intensas e corriqueiras em todo o mundo.

Vivemos a era da emergência climática. A boa notícia é que os governos, empresas e sociedade civil têm procurado refletir, debater e contribuir para uma economia sustentável e um desenvolvimento que alie o cuidado com o meio ambiente e a vida das pessoas.

Sabemos como as instituições financeiras são imprescindíveis para avançarmos rumo a um planeta social e ambientalmente sustentável. É necessário pensar em soluções estruturais, com velocidade e escala compatíveis com a dimensão e complexidade dos desafios.

Diante das urgências climáticas e de uma realidade marcada por uma desigualdade assustadora, o papel das instituições financeiras precisa incluir o respeito às pessoas, à comunidade e ao meio ambiente como um valor inegociável, permeando todos os negócios da empresa.

É necessário dizer: é preciso que essas ações sejam genuínas, calçadas em mudanças internas, métricas bem estabelecidas e ações concretas, para trazer de fato benefícios para toda a sociedade e para os acionistas e partes interessadas.

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Para que isso seja feito na prática e não fique apenas no discurso, são necessários dois movimentos. O primeiro deles começa dentro de nossas instituições. Diversidade, respeito às diferenças, governança robusta, valores éticos e transparência. É necessário fortalecer a governança, a gestão e a estratégia das empresas, tendo como foco as pessoas e o planeta.

O segundo movimento trata-se de olhar para fora, para os clientes, investidores, acionistas, parceiros e negócios. Se por um lado temos um desafio enorme a enfrentar, por outro temos um leque de oportunidades de novos negócios que podem ganhar escala, gerar lucro e – melhor – com alto impacto social e ambiental. Para se ter ideia do tamanho desse negócio, a emissão de títulos verdes ou sustentáveis em 2023 pode atingir a cifra de US$ 1,3 trilhão no mundo, de acordo com estudo da S&P Global.

Bioeconomia, energia limpa, infraestrutura verde, finanças sustentáveis e mercado de crédito de carbono são apenas algumas das áreas para gerar emprego, renda, lucro e desenvolvimento no Brasil.

Sabemos que todas essas ações são desafiadoras. Para assegurar nossa contribuição para o futuro do planeta, com a melhoria na qualidade de vida das pessoas, é preciso uma cultura organizacional madura, saúde financeira e negócios em escala com alto impacto social e ambiental. Com esse tripé, é possível traçar e colocar em prática uma estratégia corporativa voltada para a sustentabilidade, contribuindo, de forma decisiva, para o futuro das pessoas e do planeta.

É preciso colocar as pessoas no centro da estratégia das empresas. Cuidar de si, do outro e do planeta é um propósito que deve estar presente em todas as decisões de uma empresa.

Nosso futuro precisa ser sustentável, e as instituições financeiras são parte estratégica e estrutural para construirmos um novo ciclo de prosperidade.

*Head do Programa de ESG do Banco Master

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