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Governadoras defendem sinergia com setor produtivo como resposta ao tarifaço

Manga e atum ficaram fora das exceções negociadas pelo governo brasileiro junto às representações norte-americanas

Governadoras defendem medidas de apoio específicas aos setores de frutas, sal e pescado (Esfera Brasil/Divulgação)

Governadoras defendem medidas de apoio específicas aos setores de frutas, sal e pescado (Esfera Brasil/Divulgação)

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Publicado em 9 de agosto de 2025 às 15h05.

Última atualização em 9 de agosto de 2025 às 15h14.

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As governadoras de Pernambuco, Raquel Lyra, e do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, defenderam, na manhã deste sábado, 9, medidas de apoio específicas aos setores de frutas, sal e pescado como forma de resposta ao tarifaço imposto ao Brasil por Donald Trump.

Manga e atum ficaram fora das 700 exceções negociadas pelo governo brasileiro junto às representações norte-americanas, o que gera preocupação redobrada aos empresários do setor. No caso de Pernambuco, a geração de emprego e renda ligada à fruticultura pode estar ameaçada caso não seja encontrada uma saída para os produtores locais, que desde o dia 6 de agosto enfrentam a sobretaxação de 50% sobre as exportações aos Estados Unidos.

“Abrimos o diálogo com o setor produtivo sobre quais são as urgências. Sobre a manga, temos uma ação específica desenhada junto com o governo federal. São 120 mil empregos em Pernambuco diretamente ligados à fruticultura. São 40 mil toneladas de mangas exportadas para os Estados Unidos”, disse a governadora Raquel Lyra durante a primeira edição do Seminário Esfera Infra, realizado pela Esfera Brasil no Recife.

“Ampliamos a desoneração do ICMS e a liberação dos créditos acumulados, olhando para setores majoritariamente afetados, como o de sal. Nesse caso do sal, o maior mercado consumidor é exatamente os Estados Unidos. O Rio Grande do Norte também tem um protagonismo na produção do pescado”, complementou Fátima Bezerra a uma plateia formada por representantes do setor produtivo e autoridades do Legislativo e Executivo.

Seminário Esfera Infra

A busca por alternativas às tarifas impostas pelo governo dos EUA ao Brasil permeou grande parte do evento. Na visão do ministro Silvio Costa Filho, de Portos e Aeroportos, o País deve priorizar maior participação proporcional na balança comercial com outras nações e blocos econômicos como forma de compensar as perdas dos produtos que ficaram de fora da lista de exceções às tarifas estabelecidas por Trump.

“Eu olho a decisão dos Estados Unidos como um momento de reflexão. O próprio setor produtivo vai acelerar a abertura de mercados com a Ásia e Europa, para a gente exportar petróleo e grãos”, destacou.

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