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Entenda as diferenças entre as energias renováveis e não renováveis

São diversas as fontes de energia, entre elas sol, ventos, água, materiais orgânicos e até mesmo o hidrogênio verde, que é a aposta para o futuro

O Brasil pode acelerar a descarbonização da economia ao investir em fontes de energia renovável (Danil Shamkin/NurPhoto/Getty Images)

O Brasil pode acelerar a descarbonização da economia ao investir em fontes de energia renovável (Danil Shamkin/NurPhoto/Getty Images)

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Publicado em 26 de abril de 2023 às 13h04.

O mundo discute hoje a descarbonização da atividade econômica, opções de energia limpa e meios sustentáveis de produção. Neste contexto, é importante diferenciar as fontes de energia renováveis, que usam recursos da natureza que não são finitos, e não renováveis, com recursos que podem se esgotar ao longo dos anos se usados em excesso.

Entre as renováveis estão: solar (luz do sol), energia hídrica (água dos rios), eólica (ventos), biomassa (materiais orgânicos), ondomotriz (força das ondas), maremotriz (força das marés), geotérmica (calor do interior da Terra) e hidrogênio verde.

Já as energias não renováveis geram problemas ao meio ambiente e são elas: combustíveis fósseis (petróleo e carvão mineral) e energia nuclear (fissão de urânio).

Para o diretor-presidente da concessionária de transmissão de energia elétrica ISA CTEEP, Rui Chammas, o Brasil já possui uma matriz energética limpa. “Temos uma oportunidade única de acelerar a descarbonização da economia, buscando, por meio do crescimento competitivo de fontes de energia renovável, permitir a eletrificação de setores da economia que têm impacto importante em gases de efeito estufa (GEE), como a indústria e o transporte.”

Veja também: Senado instala comissão para avaliar política pública sobre o hidrogênio verde

Eletromobilidade e a mudança climática

Energias renováveis

É o tipo de energia limpa e, em geral, mais sustentável. Mas pode sofrer influência da sazonalidade e ser impactada pela falta de ventos, sol ou de chuva.

Solar

A principal delas é a que vem do sol. É possível aproveitar a luz e, ainda, o calor gerado. Há ainda uma variação, a energia solar fotovoltaica, que converte a luz do sol em eletricidade por meio de células fotovoltaicas. Mas os painéis são caros, o que impede sua popularização.

A energia solar térmica pode ser usada para aquecer a água de chuveiros, por exemplo, mas também em indústrias. O vapor é aproveitado em turbinas para geração de energia elétrica.

Hídrica

A energia hidrelétrica, gerada a partir da água de rios que faz girar as turbinas, é comum no Brasil. Dependendo do período, de chuva ou estiagem, o valor da conta de luz varia, segundo bandeiras. A vermelha é a mais cara, adotada quando há escassez hídrica, enquanto a verde é a mais barata e indica que os reservatórios estão cheios.

O grande problema é que as usinas, que produzem mais da metade da energia consumida no Brasil, dependem da abundância de chuvas ao longo do ano. Em 2013, a região Sudeste do Brasil sofreu uma grave crise hídrica, e os reservatórios para abastecimento ficaram secos. A maior usina hidrelétrica do País é Itaipu, no Paraná.

Eólica

A energia eólica também é muito usada no Sul e Nordeste do País, regiões nas quais venta muito. Os parques eólicos são compostos por diversos aerogeradores, que mais parecem enormes cataventos com longas hélices. A energia é produzida aproveitando a circulação das massas de ar.

Biomassa

É gerada a partir de materiais orgânicos, como madeira, lenha, bagaço de cana e restos de alimentos. Pode ser usada para produção de energia e como combustível, entre eles etanol, biodiesel e biogás.

Geotérmica

Pouquíssimo utilizada no Brasil, é mais comum em áreas vulcânicas ou onde há o encontro de placas tectônicas. No País, se resume ao aquecimento da água em parques termais, como em Caldas Novas (GO) e Poços de Caldas (MG).

Para utilizá-la como fonte de energia, é preciso fazer perfurações no subsolo e captar o vapor e água quente que vêm do centro da Terra por meio de dutos.

Hidrogênio verde

O hidrogênio possui alta densidade de energia, estabilidade, versatilidade e pode funcionar para armazenamento de energia. É criado a partir da técnica de eletrólise, que separa o hidrogênio do oxigênio por meio do uso de fontes de energia renováveis, como o sol e o vento. No processo não há emissão de gases poluentes.

Energias não renováveis

São conhecidas porque podem chegar ao fim com a escassez do recurso na natureza. Sua formação levou milhares de anos e não pode ser reproduzida pelo homem. Na maioria dos processos é gerado CO2 e gases do efeito estufa (GEE), que contribuem para poluição e mudanças climáticas.

Combustíveis fósseis

A energia derivada de combustíveis fósseis é uma das mais comuns, apesar de poluente. Destaque para o petróleo, carvão mineral, xisto (rocha sedimentar), betume (mistura líquida de alta viscosidade, cor escura e inflamável) e gás natural.

As usinas termoelétricas produzem energia a partir da queima do petróleo e carvão mineral, o que resulta em gases nocivos ao planeta. O carvão é também transformado em coque, produto usado para aquecer fornos de siderurgia e indústrias.

Energia nuclear

De alto custo e sistema complexo, a energia nuclear ou atômica é gerada a partir da fissão do átomo de urânio e de tório. A reação precisa ser controlada por reatores e é muito perigosa. Em caso de acidente, como o que ocorreu em Fukushima, no Japão, em 2011, quando houve um terremoto seguido de tsunami, há contaminação do ar, do solo e do mar e pode levar a mortes.

No Brasil, existem duas usinas em operação: Angra I e II, no Rio de Janeiro.

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