Percentual de famílias endividadas no Brasil atingiu 78,8% em junho, o que representa uma estabilidade na comparação com o mês anterior (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
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Publicado em 19 de julho de 2024 às 16h17.
Última atualização em 19 de julho de 2024 às 16h35.
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro lançou uma escola de educação financeira na última semana. Estão disponíveis nove módulos totalmente gratuitos e independentes, com conteúdo produzido sobre planejamento financeiro pessoal e familiar, iniciação ao mundo dos investimentos e introdução a conceitos como câmbio, inflação, dívida pública e PIB.
As inscrições para os cursos podem ser feitas pelo site do Programa Escola de Educação Financeira da Defensoria Pública. Dependendo do assunto, são promovidas palestras presenciais ou videocasts. E as informações detalhadas sobre cada aula também são fornecidas na página eletrônica da instituição.
O programa de educação financeira da Defensoria foi concebido com o propósito de atuar na orientação ao público geral e no tratamento de casos de consumidores endividados, além de capacitação interna para aprimorar o atendimento a quem busca o órgão com a impossibilidade de quitar financeiros.
“A pauta da defesa do consumidor tem uma agenda muito sensível, que é a defesa do consumidor superendividado. Na verdade, o consumidor que é superendividado ou está caminhando para o superendividamento é um bom pagador. São pessoas que só ficam superendividadas justamente porque não querem deixar aquela primeira dívida para trás, que é onde começa o ciclo”, explicou Patrícia Cardoso, defensora pública-geral, que participou da solenidade de lançamento.
De acordo com a legislação, superendividamento trata-se da “impossibilidade manifesta de o consumidor pessoa natural, de boa-fé, pagar a totalidade de suas dívidas de consumo, exigíveis, sem comprometer seu mínimo existencial, nos termos da regulamentação”. Entre os fatores que complicam a vida financeira dos brasileiros estão as dívidas de cartão de crédito e empréstimos adquiridos como crédito pessoal.
De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, o percentual de famílias endividadas no Brasil atingiu 78,8% em junho, o que representa uma estabilidade na comparação com o mês anterior.
Segundo o mesmo estudo, a proporção dos consumidores que possuem mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas atingiu 20,4%, em um recuo de 0,4 ponto percentual em relação a maio.