(Matthew Ashton - AMA/Getty Images)
A Copa do Mundo de futebol do Catar é inédita em diversos sentidos. É a primeira no Oriente Médio e, por conta do clima desértico, a competição normalmente disputada no meio do ano, está ocorrendo em novembro/dezembro. Os investimentos superam os US$ 200 bilhões — quase 15 vezes a mais do que foi gasto no Brasil, em 2014 —, fazendo com que seja a mais cara de todas. Por fim, certamente, é a Copa do Mundo mais conectada da história, seja dentro ou fora dos gramados.
Segundo dados divulgados pelo Think with Google, a busca por assuntos relacionados à Copa do Mundo deste ano no YouTube está crescendo exponencialmente – mesmo antes do torneio começar, já superou em 80% a de 2018, na Rússia. Mais pesquisas significam mais visualizações e, por consequência, implicam em mais oportunidades.
A expectativa é que o evento no Catar tenha um tempo de exibição, pelo menos, 30% maior do que o da Copa anterior, atingindo, aproximadamente, 300 milhões de pessoas.
Isso é extremamente favorável à geração de negócios, prospecção de clientes ou mesmo fortalecimento institucional. A organização que conseguir explorar da melhor forma os dados que serão compartilhados e disponibilizados, de uma maneira ou de outra, certamente terá uma vantagem mercadológica competitiva. E, diante desse cenário, ferramentas de data analytics e inteligência artificial são aliadas estratégicas, para não dizer fundamentais.
Uma das alternativas para potencializar essa enorme audiência e todos os insights que ela pode trazer é fazer uso da inteligência de marketing data driven, ou seja, baseada em dados. O objetivo é facilitar a compreensão sobre o mercado, concorrentes, público e o próprio negócio. Trata-se de um conjunto de processos e metodologias para a coleta, organização e análise de dados, que ajudam a tomada de decisão e definição para que as estratégias sejam mais precisas.
Os dados deveriam ser o principal norteador das estratégias de qualquer organização, independentemente do ramo, época, porte ou região em que ela está ou deseja atuar. Os benefícios são inúmeros, por exemplo, maior retorno sobre investimentos e relevância dos conteúdos, além de melhores preços, produtos e, em última análise, experiência do consumidor, cliente, parceiro e até mesmo colaborador.
Não há mais espaço, nem necessidade, para decisões tomadas com base em intuições e suposições. Uma pesquisa realizada pelo Statista Research Department revela que, até 2025, a expectativa é ter mais de 180 zettabytes de dados disponíveis no mercado. Por que não otimizar recursos, reduzir riscos, descobrir nichos, estreitar relacionamentos e gerar mais vendas?
A resposta a esta pergunta pode ser definitiva para aquelas companhias que terão, ou não, sucesso em seus negócios. E aí, pronto para um gol de placa conquistado à base de dados para sua empresa?
*Fernanda Baggio é chief marketing officer da Neoway