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Corrida por superapp promove digitalização da indústria alimentícia

Varejo se aproxima da indústria com nova era de superaplicativos B2B

Fabrica da BRF Sadia em Abu Dhabi nos emirados Arabes Unidos
Sadia: BRF; fabrica; alimentos; produção; hamburguer; carne; processada; 

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data: 22/03/2022 (Leandro Fonseca/Exame)

Fabrica da BRF Sadia em Abu Dhabi nos emirados Arabes Unidos Sadia: BRF; fabrica; alimentos; produção; hamburguer; carne; processada; foto: data: 22/03/2022 (Leandro Fonseca/Exame)

A transformação digital entrou de vez em processos e modelos de negócio que envolvem as relações entre indústrias de alimentos e os médios e pequenos varejistas. Nos últimos anos, a indústria começou uma corrida para solucionar desafios recorrentes, como aumentar distribuição, reduzir custos e melhorar níveis de serviço.

Essa corrida se iniciou com um movimento em que cada grande empresa investiu no desenvolvimento do seu próprio modelo de negócio digital. Pioneira, a Ambev experimentou o Parceiro Ambev, que depois adquiriu a menu.com.vc e, mais recentemente, apostou suas fichas na Bees e no Zé Delivery.

Já a Unilever iniciou sua jornada com o Compre Unilever, que teve sua operação segregada da empresa mãe e, mais recentemente, já oferece uma gama produtos que vai muito além do seu próprio mix e, por este motivo, trocou seu nome por Compra Agora.

Na contramão de Compra Agora e Bees, o marketplace Souk já nasceu agnóstico e surgiu de uma experiência bem-sucedida na Seara Alimentos, empresa do grupo JBS, integrante do mercado das proteínas. Utilizando uma metodologia de negociação em tempo real, resolveu um antigo problema de escoamento de produtos com validade reduzida. Hoje, dezenas de milhares de varejistas disputam esses produtos dentro do app.

Outras indústrias também tentaram desenvolver suas próprias plataformas digitais, o que se mostrou uma tarefa complexa pois, além de agregar custos adicionais à cadeia, não atendem completamente aos anseios do varejo, que busca amplo mix de produtos, praticidade e preços competitivos.

Essas dificuldades fizeram com que fosse iniciada uma nova era no varejo com os superaplicativos B2B (business-to-business), desenvolvidos para aproximar indústrias e varejos. Mais práticos, menos custosos e burocráticos, operam por meio da já conhecida usabilidade e experiência de apps como o iFood e Uber.

Embora todos os modelos façam uso da transformação digital, nota-se que cada um deles reproduz a vocação original dos segmentos de que são oriundos: a Bees tornou-se referência para bebidas, o Compra Agora para higiene e beleza e a Souk para o mercado de alimentos. Com o tempo, a indústria caminha para um superapp que seja capaz de reunir todos esses segmentos.

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