Zerar as emissões de carbono é essencial para reduzir os danos provocados pelos GEEs. (Freepik/Reprodução)
Carbono zero é uma política desenvolvida por empresas com o objetivo de neutralizar ou zerar a emissão de gases de efeito estufa (GEE), nocivos à saúde e ao meio ambiente. Uma das formas é por meio do crédito de carbono. Funciona como uma balança que precisa estar equilibrada. Na prática, se calcula quantas toneladas de CO2 são emitidas em todo o processo produtivo e, a partir desse número, a mesma quantidade deverá ser neutralizada, impedindo de ser lançada na atmosfera.
O conceito surgiu em 1997, no Protocolo de Kyoto, no Japão. Empresas que aderem à prática estão preocupadas com a sustentabilidade e o uso racional dos recursos, mas também com a competitividade. Ter consciência ambiental agrega valor à marca. A iniciativa abre portas para novos negócios.
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Outras ações adotadas por empresas para garantir o carbono zero é a reformulação de processos, compra de energia limpa, de fontes renováveis, redução de deslocamentos e uso de frotas elétricas, recuperação de áreas degradadas, substituição de insumos e materiais como o plástico, entre outras práticas sustentáveis.
O carbono zero está associado à agenda global de proteção ambiental e de combate às mudanças climáticas, que já provocaram o aumento de ondas de calor, secas e enchentes, o que agrava a fome e a insegurança hídrica.
Energia
O setor de energia é um dos principais responsáveis pela geração de GEE por causa da eletricidade e da queima de combustíveis no transporte. Uma solução seria a substituição de usinas térmicas, que utilizam carvão e óleo, por fontes de energia limpas e renováveis, como a eólica e a solar. O ideal seria também que a frota de veículos com motor a combustão desse lugar aos carros elétricos.
Metas e a situação no Brasil
Reduzir as emissões de GEEs é urgente para impedir que as mudanças climáticas avancem, impactando a vida na Terra. Uma das consequências é o aumento da temperatura no planeta em torno de 1°C, uma vez que os gases do efeito estufa fazem com que a Terra retenha mais calor.
De acordo com o Acordo de Paris, a meta do Brasil é reduzir em 37% as emissões até 2025 com relação ao que era em 2005. A ministra do Meio de Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, se comprometeu a tentar cumprir o previsto.
“De imediato foi recriada a Secretaria Nacional de Mudança Climática. Até março deste ano será formalizada a criação da Autoridade Nacional de Mudança Climática e um conselho que será comandado pelo presidente Lula. Estamos propondo o redesenho do comitê interministerial sobre mudança do clima”, afirmou a ministra.
Empresas que seguem a agenda ESG (Environmental, Social and Governance - em português, Meio Ambiente, Social e Governança) precisam estar atentas à sustentabilidade, e a política do carbono zero é parte do processo.