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BYD inicia produção brasileira no fim do ano e promete modelos mais acessíveis

Na semana passada, representantes da empresa estiveram no Palácio da Alvorada para apresentar relatório de investimentos

Montadora chinesa deve reforçar a estratégia de buscar reconhecimento entre brasileiros. (Qilai Shen/Getty Images)

Montadora chinesa deve reforçar a estratégia de buscar reconhecimento entre brasileiros. (Qilai Shen/Getty Images)

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Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 06h00.

O conselheiro especial da BYD Brasil, Alexandre Baldy, confirmou à Esfera Brasil que a greentech deverá iniciar suas atividades na antiga fábrica da Ford, em Camaçari, na Bahia, no fim deste ano. Ele também disse que deverá haver lançamentos importantes da marca ao longo do ano, com a oferta de modelos mais acessíveis aos brasileiros.

Ao fazer um balanço de 2023 e projetar as ações da montadora chinesa para os próximos meses, o chairman da BYD no Brasil disse que as perspectivas são ousadas, com a previsão de lançamento de carros mais baratos, com “todos os recursos e acessórios tecnológicos de modelos mais onerosos”. Atualmente, o carro mais barato da marca comercializado no Brasil é o Dolphin, a partir de R$ 149 mil.

“O ano de 2023 foi bastante positivo. Houve um crescimento muito expressivo, com a ocupação de um espaço onde as pessoas que têm, no Brasil, o carro como uma paixão, do reconhecimento por uma nova marca, com carros de extrema qualidade. Isso traz para 2024 uma perspectiva bastante ousada. É o ano no qual a empresa pretende ter sua indústria entrando em operação no final do ano. O ano promete bastante e tem uma perspectiva bastante forte em termos de resultado”, afirma.

Na semana passada, Baldy esteve no Palácio da Alvorada, juntamente com o presidente da BYD Brasil, Tyler Li, para apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) um relatório do plano de investimentos da marca no Brasil. Os representantes da montadora chinesa também entregaram ao presidente um automóvel elétrico modelo Tan, para uso da Presidência da República em comodato.

De acordo com Baldy, o lançamento de políticas públicas que convergem em novas tecnologias, como a eletrificação da frota e a descarbonização, estão na direção do que é mundialmente trabalhado pela companhia. No começo do ano, o governo anunciou o Mover, programa destinado à indústria automotiva e que concede incentivos tributários a partir de critérios de sustentabilidade aplicados em seus processos produtivos.

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“A empresa acredita muito no presidente Lula, que tem estimulado bastante o setor da neoindustrialização”, diz.

Atualmente, a BYD conta com aproximadamente 70 concessionárias distribuídas pelo Brasil. A marca possui uma fábrica de chassis para ônibus elétricos, em Campinas, no interior de São Paulo, e uma unidade, na mesma cidade, para a fabricação de placas solares. Também há uma fábrica de baterias em Manaus.

“O ano [de 2024] deverá ter alguns lançamentos importantes, como modelos mais acessíveis, que trazem em si todos os recursos e acessórios tecnológicos de modelos mais onerosos. Então isso deve dar condições de mais brasileiros poderem conhecer e consumir, e certamente a marca poderá ser mais profundamente reconhecida pela sociedade. Expansão da marca, para que ela possa ser cada vez mais reconhecida e mais forte”, projeta Alexandre Baldy.

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