Tarcísio destacou o papel de Estados Unidos e China na economia brasileira enquanto parceiros comerciais de peso (Divulgação Esfera Brasil)
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Publicado em 25 de agosto de 2025 às 14h46.
Última atualização em 25 de agosto de 2025 às 15h15.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou na manhã desta segunda-feira, 25, que o Brasil não deve escolher lado na disputa global entre China e Estados Unidos, mas, sim, pautar pelo equilíbrio nessas relações.
Segundo ele, a geopolítica tem influenciado cada vez mais a economia no tabuleiro da política internacional e, por isso, o país deve se colocar de forma independente e priorizar, entre outras pautas, a entrada na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para atrair mais investimentos estrangeiros.
Tarcísio destacou o papel de Estados Unidos e China na economia brasileira enquanto parceiros comerciais de peso. Com o tarifaço de 50% decretado por Donald Trump sobre produtos brasileiros exportados ao país americano, alas do governo têm se posicionado favoravelmente a uma ampliação do diálogo com o gigante asiático como resposta, o que poderia ampliar as dificuldades na interlocução de Brasília com Washington no contexto atual.
“O Brasil, por muito tempo, teve a habilidade de tirar Estados Unidos e China para dançar e no final da festa não pedir nenhum dos dois em casamento. Precisamos buscar novamente esse equilíbrio”, apontou, durante a realização do Seminário Brasil Hoje, promovido pela Esfera Brasil na capital paulista.
No mesmo evento, o secretário executivo do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Elias Rosa, admitiu que as conversas com o governo dos Estados Unidos, com o propósito de negociar uma alternativa para o tarifaço, estão estacionadas devido à falta de respostas concretas dos representantes do Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos. Segundo Márcio Elias Rosa, o último encontro ocorreu há dez dias, mas não avançou.
OCDE
Foi criada em 1960 com o propósito de estimular boas práticas de governança e promover o desenvolvimento social e o crescimento econômico por meio de cooperação institucional e política. A OCDE conta com aproximadamente 30 membros da Europa, Américas, Ásia e Oceania. A admissão do Brasil no grupo foi iniciada em 2022, mas segue sem perspectivas concretas até então.