Indústria: ocupações variam de acordo com o estado e a vocação econômica da região (Witthaya Prasongsin/Getty Images)
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Publicado em 9 de agosto de 2023 às 13h26.
Última atualização em 9 de agosto de 2023 às 13h41.
Em três anos, o Brasil tem o desafio de qualificar 9,6 milhões de pessoas para ocupar cargos na indústria, de acordo com o Mapa do Trabalho Industrial 2022-2025, levantamento realizado pelo Observatório Nacional da Indústria. Do total, 2 milhões são em formação inicial, para novas vagas e reposição de inativos, e os outros 7,6 milhões são em formação continuada e atualização dos trabalhadores. A maior parte (79%) requer aperfeiçoamento profissional.
As ocupações variam de acordo com o estado e a vocação econômica da região. No Amapá, Alagoas e Pará, por exemplo, a área com maior necessidade de formação é a de construção. No Rio Grande do Norte, a demanda é para os setores têxtil e de vestuário; no Distrito Federal, para tecnologia da informação (TI); já na Bahia e no Ceará, se destacam os setores de couro e calçados.
Apenas São Paulo responde por quase metade da demanda nacional por formação na área de TI. Com o uso de novas tecnologias e transformações na cadeia produtiva, os profissionais precisam estar cada vez mais preparados para as demandas do mercado.
As ocupações variam de acordo com o nível de formação: qualificação de menos de 200 horas, qualificação de mais de 200 horas, técnico e superior. De acordo com um comunicado da Confederação Nacional da Indústria (CNI), “o Brasil tem regiões com diferentes vocações econômicas. Entender as características de cada uma e mapear a demanda por mão de obra qualificada é indispensável para alavancar o setor produtivo e garantir o crescimento econômico e social”.
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Vagas
Até 2025, a estimativa é de que sejam criadas 498 mil novas vagas em ocupações industriais, passando de 12,3 milhões para 12,8 milhões de empregos formais. A maior parte (208 mil) exige nível de qualificação de menos de 200 horas. Para o nível técnico são 136 mil; para o superior, 90 mil; e de qualificação de mais de 200 horas, outras 64 mil vagas, segundo o estudo.
De acordo com o levantamento, as áreas com maior demanda por formação inicial e continuada são: metalmecânica, construção, logística e transporte, alimentos e bebidas, além das ocupações transversais, que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em Segurança do Trabalho e técnico de Apoio em Pesquisa e Desenvolvimento, entre outras.
Para o nível técnico, a demanda é por técnicos de controle da produção, de planejamento de produção, técnicos em eletrônica, em desenvolvimento de sistemas e aplicações, ainda de operação e monitoração de computadores.
As vagas de nível superior são para analistas de tecnologia da informação, engenheiros civis, artistas visuais, desenhistas industriais, conservadores-restauradores de bens culturais e gerentes de comercialização, marketing, comunicação, administrativo, financeiro ou de riscos.
Já para o nível de qualificação de mais de 200 horas, há oportunidades para mecânicos de veículos e de manutenção de máquinas industriais, operadores de máquinas para costura, padeiros, confeiteiros e trabalhadores de instalações elétricas.