Democratização do acesso ao sistema financeiro tem feito bancos aumentarem o foco em medidas de segurança (Qi Yang/Getty Images)
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Publicado em 12 de junho de 2025 às 20h09.
Última atualização em 12 de junho de 2025 às 21h01.
Após todo o avanço promovido pela ascensão do Pix nos últimos anos, que facilitou transferências e desde seu lançamento tem democratizado o acesso dos brasileiros ao sistema financeiro, as empresas do setor, como bancos e fintechs, têm mirado na inteligência artificial como grande impulsionadora de novas ferramentas para atrair novos clientes.
Na visão da CEO e publisher da MIT Technology Review, Elizabeth Bramson-Boudreau, o desenvolvimento de um ambiente de inovação naturalmente traz otimismo, ainda que existam riscos a serem administrados.
“Impacto não é só tecnologia, é pensar em solução para a sociedade, condições de negócios”, afirmou a executiva em fala realizada no palco principal da Febraban Tech, na quarta-feira, 11, em São Paulo (SP).
E para além do cenário futurista em que assistentes pessoais são capazes de resolver as tarefas diárias, como a análise do cenário econômico e antes do envio de aplicações de acordo com o perfil do investidor, na visão do vice-presidente de Tecnologia da B3, Rodrigo Nardoni, a tecnologia pode permitir grandes avanços principalmente em relação à educação financeira.
“Com o uso de mecanismos que têm inteligência artificial generativa embarcada como motor de resposta, ela vai conseguir interpretar como é que você fez a pergunta, quais são as suas necessidades, você vai conseguir ter uma resposta muito mais personalizada, atendendo especificamente às suas necessidades. Isso fomenta o mercado de investimentos, facilita o entendimento”, descreveu.
“As pessoas só fazem aquilo que elas entendem. Quando você não entende, você tem uma preocupação, para não dizer um medo de investir. Então, é uma ferramenta de aceleração do entendimento. E eu acho que isso gera mais investimentos, é bom para a economia do país, é bom para a poupança das pessoas. É uma ferramenta de potencialização de uso e de crescimento do mercado de capitais”, concluiu.
Segurança
Na direção de fortalecer a segurança das transações realizadas de maneira virtual, o Bradesco apresentou um projeto em parceria com a Neo4j para mapear eventuais criticidades em transações financeiras por meio de tecnologia de grafos.
“No setor financeiro podemos ver quanto a inteligência artificial pode ajudar empresas ou cidadãos a terem melhor proveito sobre os seus ativos”, ilustrou o gerente técnico Tonimar dal Aba, da ManageEngine Brasil, multinacional indiana que desenvolve soluções em tecnologia da informação para prevenir o risco de fraudes financeiras em ambiente virtual, entre outros. Atualmente, 25% dos clientes atendidos pela empresa na América Latina estão no Brasil.
“O mercado brasileiro é muito importante globalmente. A gente tem vários talentos no Brasil, e a Índia é um forte player com relação à tecnologia, sempre exportando muitos talentos”, concluiu.