Economia

Zona do euro precisa de mais reformas trabalhistas, diz FMI

A entidade soltou uma nota pedindo novas reformas no sistema trabalhista de países estratégicos da região, como França, Itália e Espanha


	Desemprego: PIB fraco responde por metade do desemprego entre jovens na crise, diz FMI
 (AFP / Cesar Manso)

Desemprego: PIB fraco responde por metade do desemprego entre jovens na crise, diz FMI (AFP / Cesar Manso)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 14h50.

Washington - A zona do euro precisa diminuir a proteção a seus trabalhadores e controlar os salários mínimos, afirma o Fundo Monetário Internacional (FMI).

A entidade soltou uma nota pedindo novas reformas no sistema trabalhista de países estratégicos da região, como França, Itália e Espanha.

"O crescimento, sozinho, não irá resolver o problema, especialmente nos países em que o desemprego em larga escala entre jovens existia mesmo antes da crise", afirma o FMI.

Com o PIB da zona do euro crescendo parcos 0,6% anualizados no terceiro trimestre, o crescimento dificilmente será uma opção.

A nota ainda aponta que o enfraquecimento do PIB responde apenas por metade do desemprego entre jovens durante a crise.

Países como Grécia, Espanha e Portugal, mas também Itália e França, já enfrentavam problemas com o número de jovens desempregados antes de 2008.

De acordo com a entidade, esses países deveriam diminuir a disparidade entre os trabalhadores temporários e permanentes, enfraquecendo a proteção sobre os últimos.

O salário mínimo também precisaria guardar alguma relação com outros salários do país, senão os jovens poderão ser alijados do mercado de trabalho.

Na zona do euro, a taxa de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos subiu de 6,7% em 2007 para 9,8% em 2013, de acordo com estatísticas oficiais. Dentro deste grupo, mais de 40% está desempregado há mais de um ano.

Além das reformas estruturais, o relatório pede a elevação do investimento público "em países que têm espaço para fazê-lo", além do apoio ao investimento privado "através de uma política monetária acomodatícia."

Fonte: Dow Jones Newswires.

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