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Zona do euro deve buscar crescimento, diz Dijsselbloem

O bloco de países não deve, porém, relaxar com a aparição de sinais de alívio da crise

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2013 às 15h26.

Amsterdã - A zona do euro precisa mudar sua política na direção do crescimento após a gestão da crise que dominou os últimos anos, afirmou o ministro das Finanças da Holanda, Jeroen Dijsselbloem, em entrevista a um canal de TV. Dijsselbloem foi indicado como presidente do Eurogrupo, que representa os 17 ministros das Finanças da zona do euro, na segunda-feira, sucedendo Jean-Claude Juncker, que deixou o cargo após oito anos.

"Eu espero que nós possamos aumentar ainda mais as bases da confiança com as medidas estruturais", afirmou o ministro. "Há sinais iniciais de alívio, tendo em vista que a zona do euro está em uma situação mais estável agora.

Mas ele expressou um tom de cautela. "Em alguns países da zona do euro, há ainda muito a ser feito. Há um risco de nós relaxarmos novamente quando os sinais de alívio aparecerem; a estabilidade que nós vemos agora pode se tornar instabilidade outra vez".

Como presidente do Eurogrupo, Dijsselbloem ainda será o ministro das Finanças da Holanda. "Essa é a minha primeira responsabilidade", afirmou. Quando for necessário, o secretário das Finanças da Holanda, Frans Weekers, participará das reuniões do Eurogrupo para representar a Holanda.

Dijsselbloem disse também que entende a decisão da Espanha de se opor a sua indicação como presidente do Eurogrupo, e afirmou que é importante que países grandes se sintam representados nas instituições da União Europa. A Espanha foi o único país da zona do euro a não apoiar a indicação do ministro holandês.


A Espanha, a quarta maior economia da zona do euro, não concordou com a nomeação de Dijsselbloem porque não se sente representada nas principais instituições da União Europeia, afirmou o ministro das Finanças espanhol, Luis de Guindos. Ele disse que estava "confiante" que a situação será "corrigida" e que a Espanha será compensada quando outras posições importantes se tornarem disponíveis.

Dijsselbloem afirmou que "lamentava" a decisão da Espanha, mas que poderia entender a insatisfação do país. Ele disse que convidou Guindos para uma reunião em Haia e "então nós podemos conversar mais".

Não é a primeira vez que a Espanha se opõe a um cargo importante na UE. Em outubro, o país tentou bloquear a seleção do presidente do Banco Central de Luxemburgo, Yves Mersch, para o conselho executivo do Banco Central Europeu (BCE), argumentando que o candidato espanhol deverá ser escolhido para substituir José Manuel Gonzalez Páramo. Mas as tentativas da Espanha não foram bem-sucedidas. As informações são da Dow Jones.

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