Economia

Yellen reconhece desaceleração dos EUA, mas diz não ver sinais de crise econômica a caminho

A secretária também destacou que acredita que o país está conseguindo reduzir a inflação

Yellen acrescentou que o aperto monetário conduzido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já implica em impactos em alguns setores (Alex Wong/Getty Images)

Yellen acrescentou que o aperto monetário conduzido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já implica em impactos em alguns setores (Alex Wong/Getty Images)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 18 de setembro de 2023 às 12h46.

A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, reconheceu nesta segunda-feira, 18, que a maior economia do planeta está em processo de desaceleração, mas disse não ver sinais de que a atividade caminha para um quadro de crise. "Ainda temos um mercado de trabalho muito saudável", afirmou, em entrevista à CNBC.

Yellen acrescentou que o aperto monetário conduzido pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) já implica em impactos em alguns setores, particularmente no mercado imobiliário residencial.

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Para ela, esses efeitos devem se aprofundar nos próximos meses, mas até agora o consumo permanece forte e as empresas não promoveram demissões significativas. "Estou satisfeita com o que vejo na economia", disse ela, que considera "prematuro" estimar qual serão as repercussões da greve de montadoras.

A secretária também destacou que acredita que o país está conseguindo reduzir a inflação. Entre os riscos, Yellen comentou que o governo monitora a recente escalada dos preços de petróleo que ela atribui à retomada da demanda chinesa e aos cortes de produção da Arábia Saudita. "Minha expectativa é de que os preços vão estabilizar, mas estamos monitorando", pontuou.

Yellen argumentou ainda que o Congresso não tem "absolutamente nenhuma razão" para paralisar as atividades do governo, que poderia acontecer se não houver um acordo pelo orçamento até o fim deste mês. Esse cenário, conhecido como "shutdown", teria algum impacto econômico, no entendimento dela. "Queremos que o governo faça seu trabalho de financiar o governo", defendeu.

A secretária afirmou ainda que as autoridades precisam garantir que o déficit fiscal fique sob controle. Para ela, não há preocupações no mercado de títulos públicos em relação ao recente aumento das emissões de papéis pelo Tesouro.

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