Economia

Yellen conduz Fed com cautela, apesar de sinais de inflação

Se Yellen estiver certa, os mercados financeiras têm amplos alertas para o ritmo gradual de aumento dos juros que ela disse ser provável


	Chair do Federal Reserve: se Yellen estiver certa, os mercados financeiras têm amplos alertas para o ritmo gradual de aumento dos juros que ela disse ser provável
 (Kevin Lamarque/Reuters)

Chair do Federal Reserve: se Yellen estiver certa, os mercados financeiras têm amplos alertas para o ritmo gradual de aumento dos juros que ela disse ser provável (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2016 às 09h30.

Washington - As autoridades do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, que pedem por cautela em relação aos aumentos da taxa de juros ganharam o debate interno dentro do banco, mas o risco para a economia norte-americana é que eles estejam errados em minimizar o recente aumento da inflação.

Em palavras que ecoam aquelas dos colegas da ala dovish do Fed, a chair do banco central, Janet Yellen, disse em uma coletiva de imprensa na quarta-feira que "cautela é apropriada" quando se trata de aumentar os juros. Ela disse que não está convencida que a inflação tenha acelerado.

Se Yellen estiver certa, os mercados financeiras têm amplos alertas para o ritmo gradual de aumento dos juros que ela disse ser provável.

Mas muitos economistas concordam com o argumento de uma facção oposicionista no Fed de que a inflação norte-americana está de fato subindo.

Eles apontam para um conjunto de dados recentes para apoiar sua visão, incluindo a leitura recente de que a inflação subiu 2,3 por cento nos 12 meses encerrados em fevereiro, o maior aumento em mais de três anos. A meta de inflação do Fed é de 2 por cento.

O aumento mais rápido dos preços pode levar a elevações mais agressivas dos juros, o que Yellen alertou no passado que pode causar uma recessão.

"Se chegarmos a um ponto onde o Fed tem que elevar (os juros) rapidamente, isto pode ser muito desestabilizador", disse o economista do Northern Trust Carl Tannenbaum, ex-economista do Fed de Chicago.

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