Economia

Votação do reajuste de aposentados é adiada na Câmara

Brasília - Uma manobra regimental do PT adiou para amanhã a votação da Medida Provisória de reajuste das aposentadorias de valores superiores a um salário mínimo pagas pela Previdência Social. Usando de uma possibilidade prevista no regimento, o deputado José Genoino (PT-SP) pediu prazo de 24 horas para ler o parecer sobre a MP. Genoino […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - Uma manobra regimental do PT adiou para amanhã a votação da Medida Provisória de reajuste das aposentadorias de valores superiores a um salário mínimo pagas pela Previdência Social. Usando de uma possibilidade prevista no regimento, o deputado José Genoino (PT-SP) pediu prazo de 24 horas para ler o parecer sobre a MP. Genoino estava substituindo o relator, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), líder do governo na Câmara, ausente no plenário.

O adiamento atende à estratégia do governo de tentar ainda um acordo com a própria base para evitar a derrota na votação da MP. O governo não aceita conceder mais do que 7% de reajuste, mas os partidos aliados fecharam posição em torno do índice de 7,7%.

O líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), reiterou que os aliados votarão em um único índice nas duas Casas. "A posição do PMDB (na Câmara) será rigorosamente igual à do Senado", disse. "Não vamos votar um reajuste aqui para ser alterado no Senado e voltar para a Câmara. O Senado vai passar por bonzinho, e a Câmara, por padrasto. Essa cena eu não quero ver mais", disse Henrique Alves. "Cabe ao governo convencer os senadores a não fazer jogo com a Câmara."

À tarde, deputados aliados na Câmara e no Senado se reuniram para reafirmar essa posição. O deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, presidente da Força Sindical, disse que a base, as centrais sindicais e as entidades dos aposentados mantiveram a mesma posição de defesa dos 7,7%. "A base do governo vai votar esse índice. O correto é o governo concordar com isso. Se continuar a insistência (contra 7,7%), o governo vai ser derrotado", disse Paulinho.

Acompanhe tudo sobre:AposentadoriaLegislaçãoPrevidência Social

Mais de Economia

Haddad diz a Moody's que meta fiscal será cumprida pelo 2º ano consecutivo em 2025

União vai garantir ressarcimento a vítimas de fraudes no INSS se necessário, afirma Tebet

Banco Central autoriza que financeiras emitam letras de crédito imobiliário (LCI)

Trump chama presidente do Fed de 'tolo' após anúncio de manutenção da taxa de juros