Economia

Vida do brasileiro melhorou mas ainda há desigualdades, diz IBGE

Rio de Janeiro – A vida do brasileiro melhorou e as famílias estão investindo mais em serviços e bens de consumo, de acordo com a Pesquisa Orçamentos Familiares (POF), divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outra conclusão é que a melhoria de vida é acompanhada pela desigualdade. Segundo o presidente […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro – A vida do brasileiro melhorou e as famílias estão investindo mais em serviços e bens de consumo, de acordo com a Pesquisa Orçamentos Familiares (POF), divulgada hoje (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outra conclusão é que a melhoria de vida é acompanhada pela desigualdade.

Segundo o presidente do IBGE, Eduardo Pereira Nunes, as desigualdades não estão diminuindo no mesmo ritmo do crescimento econômico. “Houve mudanças expressivas na estrutura dos gastos familiares, mas ainda há desigualdade entre classes de renda e entre as regiões do país. As distâncias entre as desigualdades estão reduzindo, mas não na mesma velocidade do crescimento econômico do país”, afirmou.

Dentre os itens que apresentaram maior aumento no consumo estão a telefonia celular e a aquisição de veículos e de eletrodomésticos. Segundo dados de pesquisa semelhante feita para o período 2002/2003, naquela época, as famílias brasileiras gastavam, em média, R$ 11,20 com telefonia móvel. Atualmente, o montante subiu para R$ 26,19, o que representa aumento de 130%.

Ainda de acordo com o estudo, o investimento para aquisição de veículos teve um aumento de 72%. Em média, o gasto era de R$ 105,30 mensais, hoje chega a R$ 181,70. Já o investimento em eletrodomésticos aumentou 63%.

Ainda que em menor proporção, a pesquisa do IBGE indica que houve um aumento no investimento do patrimônio familiar: compra de imóveis, construção e outros. Atualmente, gastos nessa área representam 5,8 % do orçamento familiar mensal dos brasileiros. Em 2002/2003, o índice era de 4,7%.

A pesquisa apontou que o investimento na área de serviços e bens de consumo ocorre em todas as classes sociais, ainda que em proporções diferentes, sendo que o investimento aumenta entre aqueles que apresentam maior renda mensal. A análise envolve famílias brasileiras de diferentes classes, com rendimento mensal a partir de R$ 830 a rendimento acima de R$ 10.375. Os dados da POF foram levantados em 2008 e 2009.

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