Economia

ViaVarejo alerta para risco de câmbio elevado ao varejo

O vice-presidente de operações da empresa, Jorge Herzog, afirmou que tem conseguido frear a pressão para aumento, mas ponderou que a situação pode mudar


	Eletroeletrônicos: na opinião do vice, o programa Minha Casa Melhor, de financiamento subsidiado a eletrônicos e móveis, é um importante impulsionador do crescimento do setor
 (Roberto Setton/EXAME)

Eletroeletrônicos: na opinião do vice, o programa Minha Casa Melhor, de financiamento subsidiado a eletrônicos e móveis, é um importante impulsionador do crescimento do setor (Roberto Setton/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2013 às 15h25.

São Paulo - O vice presidente de operações da Via Varejo, Jorge Herzog, avalia que a recente desvalorização do real ante o dólar pode ser repassada ao preço final de eletrônicos e eletrodomésticos.

Em entrevista a jornalistas durante evento em São Paulo, o executivo afirmou que tem conseguido frear a pressão para aumento, mas ponderou que a situação pode mudar.

"Os fornecedores têm feito de tudo para repassar a alta dos componentes importados e até aqui nós temos conseguido frear, mas se o câmbio continuar no atual patamar, é alto o risco de repasse", declarou Herzog.

O executivo falou ainda sobre as perspectivas para as vendas diante do atual ambiente macroeconômico. Herzog avaliou que acredita que o mercado de bens duráveis deve continuar a crescer, mesmo com a desaceleração do consumo como um todo. "Acreditamos que se fosse para ter vindo um impacto ruim, isso já teria acontecido", declarou.

Controlada pelo grupo Pão de Açúcar, a Via Varejo reportou avanço de 11,8% em suas vendas mesmas lojas (abertas há mais de um ano) no segundo trimestre de 2013 ante igual período do ano anterior. A performance foi positiva mesmo com as vendas do varejo em junho afetadas pelas manifestações que ocorreram em várias cidades brasileiras.

Na opinião de Herzog, o programa Minha Casa Melhor, de financiamento subsidiado a eletrônicos e móveis, é um importante impulsionador do crescimento do setor.

"O programa já teve algum efeito nas vendas, mas nem sequer mostrou todo o seu potencial. Vai crescer ainda até o final do ano", destacou.

Ele ponderou que o financiamento atinge sobretudo famílias que ainda não possuem muitos eletrodomésticos. Segundo Herzog, a penetração de itens, como máquina de lavar roupa e lava louças, ainda não é muito alta no Brasil, o que mostra o potencial de crescimento do setor.

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