Economia

Veto nos royalties levará a nova batalha no Congresso

Desagrado de Estados e municípios não produtores, que não serão contemplados com recursos já no ano que vem, deve gerar nova disputa


	O veto da presidente Dilma Rousseff foi considerado uma tentativa de corrigir o que o Planalto vê como erros da parte do Congresso
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O veto da presidente Dilma Rousseff foi considerado uma tentativa de corrigir o que o Planalto vê como erros da parte do Congresso (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2012 às 10h15.

Brasília - A decisão da presidente Dilma Rousseff sobre a divisão dos royalties do petróleo vai gerar uma nova batalha no Congresso. O veto à mudança nos critérios sobre as áreas já licitadas e a alteração dos parâmetros por Medida Provisória para os novos campos não atende ao desejo dos Estados e municípios não produtores, que contavam em receber parte dos recursos já em 2013.

Por isso, parlamentares já pensam em estratégias sobre como derrotar o Planalto novamente neste tema. A disputa só não deve afetar o modelo de partilha, o que permite a realização de novos leilões do pré-sal em novembro do ano que vem.

A estratégia adotada pelo governo para anunciar sua "solução" para o impasse sobre a divisão dos royalties do petróleo foi a mesma do embate do novo Código Florestal. Naquele caso, o governo sofreu duas derrotas no Congresso e acabou buscando uma brecha para impor sua vontade sem submeter ao crivo dos parlamentares. A decisão foi tomada no último dia, o anúncio feito por um conjunto de ministros e a solução foi a edição de uma MP tentando "corrigir" o que o Planalto entende como equívocos do Congresso.

Escalados para anunciar a posição da presidente, os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Educação) e Ideli Salvatti (Relações Institucionais) foram unânimes em destacar que o objetivo do veto parcial à proposta de divisão dos royalties é evitar que a questão gere uma guerra nos tribunais. "Não há desapreço pelo Congresso, mas a defesa dos princípios constitucionais que asseguram contratos firmados até esta lei", disse Lobão. "Estamos fazendo o aperfeiçoamento da lei", completou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:Dilma RousseffEnergiaPersonalidadesPetróleoPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPT – Partido dos TrabalhadoresRoyalties

Mais de Economia

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1