Economia

Venezuela propõe redução de extração para países fora da Opep

De acordo com o ministro do Petróleo da Venezuela, um corte em 500 mil barris representa "mais ou menos a metade da redução que a Opep assumirá"

Petróleo: Nicolás Maduro disse que o acordo de congelamento estava "muito perto" (foto/Reuters)

Petróleo: Nicolás Maduro disse que o acordo de congelamento estava "muito perto" (foto/Reuters)

E

EFE

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 16h48.

Moscou - A Venezuela propôs nesta terça-feira que os países exportadores que não sejam membros da Organização de Países Produtores de Petróleo (Opep) reduzam de 400 mil a 500 mil barris diários a extração de petróleo.

"Os países que estão à margem da Opep extraem 16 milhões de barris por dia. Propomos que se coordenem e diminuam a extração em 400 mil a 500 mil barris diários", disse Eulogio del Pino, ministro do Petróleo da Venezuela, a jornalistas em Moscou.

De acordo com ele, esse corte representa "mais ou menos a metade da redução que a Opep assumirá", já que seus membros "estão dispostos a diminuir a produção em 700 mil barris, para 32,5 milhões a 33 milhões de barris por dia".

Del Pino, que hoje se reuniu com o ministro da Energia da Rússia, Aleksandr Novak, afirmou que a proposta venezuelana ainda deve ser discutida em uma reunião de especialistas do setor nos próximos dias 28 e 29, em Viena.

Segundo o ministro venezuelano, a reunião, além de representantes da Opep, contará com a presença de Rússia, Azerbaijão, Cazaquistão, Omã, Egito, Bahrein, Colômbia, México, Bolívia, Noruega e Canadá, e em novembro haverá outro encontro similar.

Del Pino expressou sua confiança de que o acordo de congelamento da produção que for fechado em 30 de novembro na cúpula de Viena se dure, "pelo menos, seis meses".

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, finalizou ontem no Catar uma viagem internacional para debater o mercado do petróleo a curto e longo prazo, e que teve escalas em Irã, Arábia Saudita e Azerbaijão.

Maduro disse que o acordo de congelamento estava "muito perto", o que permitirá garantir a "estabilidade da extração e novas fórmulas para determinar o preço do petróleo".

Para o presidente venezuelano, o mercado petrolífero está dominado pelo "caos" e "especulação", e por isso os acordos buscam fixar um panorama "previsível" para os produtores.

Acompanhe tudo sobre:OpepPetróleoVenezuela

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições