Economia

Vendas pendentes de moradias nos EUA crescem em março

Washington - As vendas pendentes de moradias nos Estados Unidos cresceram em março, com as pessoas se apressando para assinar contratos antes da expiração de um crédito tributário do governo. Além disso, a alta nas encomendas à indústria do país indicou fortalecimento do setor manufatureiro. A Associação Nacional de Corretores dos EUA disse que o […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2010 às 14h01.

Washington - As vendas pendentes de moradias nos Estados Unidos cresceram em março, com as pessoas se apressando para assinar contratos antes da expiração de um crédito tributário do governo. Além disso, a alta nas encomendas à indústria do país indicou fortalecimento do setor manufatureiro.

A Associação Nacional de Corretores dos EUA disse que o índice de vendas pendentes de moradias, baseado em contratos assinados em março, subiu 5,3 por cento, para 102,9. No mês anterior, o índice teve alta revisada de 8,3 por cento.

Analistas ouvidos pela Reuters previam que as vendas pendentes de moradias, dado que antecede as vendas de moradias usadas em um ou dois meses, subiriam 4 por cento em março. Comparado a março de 2009, o índice tem alta de 21,1 por cento.

Outro relatório, do Departamento do Comércio norte-americano, mostrou que as encomendas de bens manufaturados cresceram 1,3 por cento em março, após um ganho revisado para cima de 1,3 por cento em fevereiro --estimado anteriormente como uma alta de 0,6 por cento. Economistas ouvidos pela Reuters esperavam um declínio de 0,1 por cento.

"Os dados das moradias e da indústria combinam com o que nós estamos vendo -- que a economia ainda está mostrando sinais de melhora", disse Mark Bonhard, gerente sênior da Rehmann Financial, em Cleveland.

Apesar do aumento nas vendas em março ser devido ao crédito tributário aos compradores de moradias, ele é propício para a temporada de vendas de primavera nos EUA.

Os possíveis compradores tiveram de assinar contratos até o final de abril e fechar negócio até o final de junho para serem elegíveis ao crédito tributário. Até recentemente, os compradores estavam respondendo lentamente ao incentivo do governo, que foi estendido e expandido no ano passado.

Mesmo que tenham começado a melhorar em março, as vendas não devem ficar à altura dos ganhos registrados com o crédito tributário inicial. Ainda assim, os analistas não esperam que o mercado imobiliário volte à crise que ajudou a economia dos EUA a cair na pior recessão desde os anos 1930.

Economistas e corretores estão cautelosamente otimistas de que a melhora na economia, especialmente a volta da geração de empregos, dará apoio às vendas depois do término do incentivo governamental.

"No final da segunda metade do ano e em 2011, as vendas de moradias devem se tornar auto-sustentáveis se a economia puder criar empregos em um ritmo respeitável", disse Lawrence Yun, economista-chefe do NAR.

A economia norte-americana cresceu por três trimestres consecutivos, conduzida principalmente pelo setor manufatureiro com a reconstrução de estoques das empresas. Excluindo-se as encomendas de transporte, as encomendas à indústria aumentaram 3,1 por cento em março, o maior ganho em quase cinco anos. Excluindo-se artigos do setor de defesa, as encomendas à indústria subiram 1,3 por cento em março.

As encomendas de bens de capital excluindo artigos de defesa e aviões, vistas como um indicador da confiança empresarial, subiram 4,5 por cento, o maior aumento desde dezembro de 2007.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Habitação no BrasilPaíses ricosVendas

Mais de Economia

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos

Arrecadação federal soma R$ 248 bilhões em outubro e bate recorde para o mês