Economia

Vendas no varejo recuam 9,2% em junho

Contribuíram para o resultado negativo a baixa nas vendas nas concessionárias de veículos e nas lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos


	No sentido contrário, farmácias, perfumarias e supermercado apresentaram o maior crescimento
 (Claudio Gatti / EXAME)

No sentido contrário, farmácias, perfumarias e supermercado apresentaram o maior crescimento (Claudio Gatti / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 14h44.

São Paulo - As vendas do varejo no estado de São Paulo somaram R$ 39,4 bilhões em junho deste ano, recuo de 9,2% ante maio e de 7,2% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Os números são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), apresentada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Segundo a entidade, o recuo ante junho de 2013 foi a quarta queda mensal consecutiva neste ano. Com o resultado, o faturamento acumulado do comércio no ano deixou de registrar aumento em relação ao mesmo período do ano passado e apresenta, agora, variação zero.

Contribuíram fortemente para o resultado negativo ante junho de 2013 a baixa nas vendas nas concessionárias de veículos (-28,2%) e nas lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (-20,2%).

Também recuaram os faturamentos das lojas de materiais de construção (-17,4%); vestuário, tecidos e calçados (-10%); autopeças e acessórios (-3,8%) e de móveis e decoração (-2,7%).

No sentido contrário, farmácias e perfumarias apresentaram o maior crescimento em vendas (5,8%) no período, apesar de ter sido o segmento de supermercados o que mais contribuiu para atenuar a queda mensal, ao manter a trajetória positiva no ano, com aumento de 2,9% em junho.

A FecomercioSP destaca que o resultado de junho confirma as projeções da entidade, divulgadas no final de 2013, de que em 2014 o setor encontraria dificuldades para igualar o volume de receita registrado no ano passado.

"O crescimento nulo apurado nesses seis meses mostra nítida tendência de enfraquecimento no consumo", afirmam economistas da entidade em nota à imprensa.

Analistas destacam ainda que a "gradativa e sistemática" deterioração nos índices de desempenho varejista em São Paulo é consequência direta da insegurança e instabilidade geradas pelos principais indicadores econômicas, "que claramente contaminam a confiança dos consumidores".

Metodologia

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista não é um levantamento por amostragem. Ela utiliza dados da receita mensal informada pelas empresas varejistas ao governo paulista por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) e a FecomercioSP.

As informações, segmentadas em 16 Delegacias Regionais Tributárias da Secretaria, englobam todos os municípios paulistas e dez setores. Os dados brutos são "tratados tecnicamente" de forma a se apurar o valor real das vendas em cada atividade e o seu volume total em cada região.

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