Economia

Vendas no varejo iniciam 2013 com alta de 0,6% em janeiro

Resultado divulgado pelo IBGE reverte fraqueza do comércio varejista brasileiro no final do ano passado


	Consumidora caminha diante de loja de roupas no comércio do Rio: resultado ficou um pouco acima do esperado pelo mercado
 (REUTERS/Sergio Moraes)

Consumidora caminha diante de loja de roupas no comércio do Rio: resultado ficou um pouco acima do esperado pelo mercado (REUTERS/Sergio Moraes)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2013 às 10h09.

Rio de Janeiro - As vendas no comércio varejista brasileiro iniciaram 2013 em alta, revertendo a fraqueza do final do ano passado, ao registrarem alta de 0,6 por cento em janeiro ante dezembro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

O resultado ficou um pouco acima do esperado pelo mercado. Analistas ouvidos pela Reuters previam que as vendas no varejo subiriam 0,4 por cento no período, de acordo com a mediana de 23 economistas. As projeções variaram de zero a 1,8 por cento.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, as vendas no setor subiram 5,9 por cento, ante expectativa do mercado de alta de 5,5 por cento.

O IBGE também revisou os dados das venda de dezembro de 2012 na comparação com novembro para queda de 0,4 por cento, frente recuo de 0,5 por cento informado anteriormente.

Segundo o IBGE, seis das oito atividades pesquisadas tiveram resultados positivos no volume de vendas na comparação mensal, com grande destaque para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com avanço de 18,5 por cento).

O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo registraram crescimento de 1,4 por cento em janeiro, depois de terem recuado 0,1 por cento em dezembro. Artigos farmacêuticos e perfumaria também melhoraram o desempenho no período, passando de queda de 2,3 por cento em dezembro para alta de 3,1 por cento em janeiro.

Os dois únicos recuos em janeiro sobre dezembro foram registrados nas atividades de Móveis e eletrodomésticos (-2,6 por cento) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,4 por cento).


Na comparação anual, ainda segundo o IBGE, todas as atividades tiveram resultados positivos, com destaque para a alta de 3,4 por cento para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que exerceu o maior impacto, de 30 por cento, sobre a taxa.

"Isso se deve ao aumento do poder de compra da população, decorrente do crescimento da massa de rendimentos, bem como da estabilidade do emprego", destacou o IBGE.

O setor varejista deve ganhar mais impulso agora com a desoneração dos tributos federais que incidem sobre os produtos da cesta básica. O movimento também ajuda a reduzir a pressão inflacionária que vem preocupando neste início de ano.

O bom resultado das vendas no varejo soma-se à alta de 2,5 por cento da produção industrial em janeiro --maior expansão mensal em quase três anos-- para ampliar as expectativas de que a economia começou 2013 em recuperação.

Em janeiro, segundo o IBGE, a receita nominal subiu 1,3 por cento ante dezembro, oitavo mês consecutivo de crescimento, com alta de 12,4 por cento na comparação com janeiro de 2012.

VAREJO AMPLIADO As vendas do comércio varejista ampliado ---que inclui o setor automotivo e material de construção-- registraram crescimento de 0,3 por cento em janeiro ante dezembro, depois de terem avançado 0,8 por cento no período anterior.

O resultado de agora foi pressionado pela queda de 1,2 por cento no segmento de Veículos e motos, partes e peças, depois de terem registrado alta mensal de 3,3 por cento no mês anterior.

A desaceleração da alta das vendas de Material de Construção para 1,3 por cento em janeiro também pesou, depois de terem crescido 3,4 por cento em dezembro.

Para este ano, o mercado aponta crescimento de 3,10 por cento do PIB, com expansão de 3 por cento da produção industrial.

Acompanhe tudo sobre:Comércioeconomia-brasileiraEstatísticasIBGEVarejo

Mais de Economia

China e Brasil: Destaques da cooperação econômica que transformam mercados

'Não vamos destruir valor, vamos manter o foco em petróleo e gás', diz presidente da Petrobras

Governo estima R$ 820 milhões de investimentos em energia para áreas isoladas no Norte

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados